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Alternativas

Ovo e frango: substitutos da carne bovina ficaram mais caros

A falta de chuva está fazendo o preço das raças de aves subir, e com isso os produtos estão ficam mais caros

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem ilustrativa/ Foto: Pixabay
Imagem ilustrativa/ Foto: Pixabay

Ir ao mercado tem pesado no bolso nos últimos meses. Entre os itens que ficaram mais caros, estão as carnes e produtos derivados de proteína animal, como por exemplo, ovos e leite. O aumento excessivo nos preços dificulta ainda mais o acesso da população à proteína de origem animal. Mas por quê isso tem acontecido?

A resposta tem o tamanho de um grão de arroz, apenas três milímetros e um nome conhecido: Cigarrinha do Milho. O terror das lavouras, essa praga invadiu plantações na última safra e causou uma perda de até 100% na produção do milho, principalmente na região Oeste do Estado.

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A maioria das plantações de milho terminam como ração para animais. Sem milho no mercado, ficou mais difícil alimentar bovinos, suínos e aves. Os criadores se viram obrigados a incrementar a alimentação dos animais, desta forma, a produção no campo ficou mais cara, refletindo no preço no mercado.

Os grãos em questão, compõem não só a alimentação do gado bovino, mas das aves, o que também deve pressionar o preço do frango e do ovo, as alternativas mais comuns à carne vermelha.

O impacto para a avicultura pode ser ainda pior, tendo em vista que não há como substituir totalmente os grãos nesse segmento. Existe criação de bovino totalmente a pasto, mas não existe criação de frango totalmente a pasto.

Inicialmente a seca, depois as geadas destruíram parte das lavouras. A praga da cigarrinha dizimou parte do plantio. As exportações maciças de milho enxugaram o mercado interno. A conjugação desses três fatores tornou o milho escasso e extremamente caro: mais de R$ 100 a saca de 60 kg.

Santa Catarina deve importar 5 milhões de toneladas de milho

Paraná e Santa Catarina precisarão importar 5 milhões de toneladas cada um e, o Rio Grande do Sul, mais 4 milhões. “São 14 milhões de toneladas somente para atender esses três Estados”, espanta-se o vice-presidente da FAESC, Enori Barbieri.

Monitoramento da Cigarrinha do Milho

Enquanto isso especialistas trabalham em medidas de prevenção. A Epagri criou um monitoramento semanal da cigarrinha do milho. O programa Monitora Milho SC é uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, que é composto por membros da Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural.

Estão sendo disponibilizados boletins semanais com informações sobre a incidência do inseto-vetor em 22 pontos monitorados em Santa Catarina, assim com a infectividade de tais populações acessadas por meio de testes moleculares.

Texto por Andrielli Zambonin

Confira a reportagem:


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