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CULTURA CULINÁRIA

Blumenau quer transformar café da manhã alemão Frühstück em patrimônio cultural

O Frühstück é consumido no meio da manhã e combina pães caseiros, embutidos como linguiça e morcilha, ovos, queijos, leite, banana, melado e café

• Atualizado

Pedro Corrêa

Por Pedro Corrêa

Blumenau quer transformar café da manhã alemão Frühstück em patrimônio cultural | Foto: reprodução.
Blumenau quer transformar café da manhã alemão Frühstück em patrimônio cultural | Foto: reprodução.

O tradicional Frühstück, refeição típica alemã praticada há décadas em Blumenau, pode se tornar patrimônio cultural da cidade. A iniciativa é do projeto “A Memória Afetiva do Frühstück”, coordenado pela professora Juliana Sá Holz, do curso de Gastronomia do Senac Blumenau.

A ideia surgiu após Juliana participar de um concurso em homenagem ao aniversário da cidade, quando apresentou uma refeição típica alemã. Inspirada pela tradição local e pelos relatos de que o hábito estava se perdendo, a professora decidiu resgatar e registrar a prática, junto ao professor Álbio Allan Melchioretto.

O Frühstück é consumido no meio da manhã e combina pães caseiros, embutidos como linguiça e morcilha, ovos, queijos, leite, banana, melado e café. Diferente da Alemanha, onde a cerveja pode estar presente, em Blumenau a refeição tem forte ligação com o trabalho na lavoura e a convivência familiar. O blumenauense Hélcio Hermes Hoffmann lembra que era um momento de confraternização e troca de alimentos entre vizinhos após o trabalho na roça.

O projeto já realizou apresentações em comunidades luteranas, eventos gastronômicos e palestras, além de catalogar preparos típicos e registros audiovisuais da comunidade. Entre os próximos passos estão oficinas em escolas municipais, eventos gastronômicos e apresentações para diretores estaduais do Senac, buscando apoio institucional e adesão da comunidade.

“Acreditamos que o Frühstück é uma refeição que une a comunidade e resgata a memória afetiva da cultura alemã em Blumenau”, afirma Juliana Sá Holz. “Nosso objetivo é tornar essa refeição um patrimônio cultural da cidade, para que possa ser apreciada e valorizada por gerações futuras.”

O projeto é um exemplo de como a gastronomia pode preservar cultura e memória, e agora depende da mobilização da comunidade e de entidades locais para alcançar o reconhecimento oficial.


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