EEB de Muquém

O pai de um aluno que denunciou o professor de Artes da E.E.B de Muquém, no bairro São João do Rio Vermelho, em Florianópolis, relatou à equipe de reportagem do SCC, nesta quinta-feira (26), os momentos desde que soube do suposto assédio sofrido pelo filho. O caso aconteceu no início da tarde de ontem, quarta-feira (25). 'Pânico e crise de choro', relata pai após filho denunciar assédio por professor Segundo Manoel Pacífico, pai do aluno, o filho ligou para ele e contou o que teria acontecido. "Meu filho me ligou em pânico, em crise de choro, dizendo que o professor passou por trás dele, esfregando a genitália no pescoço dele, inclusive com a luz apagada. Eu pedi para ele se acalmar, que eu ia lá conversar com a direção, com o professor, e daí eu peguei o carro e vim embora", começa. O pai conta que foi conversar com o professor, momento em que os ânimos se afloraram e as agressões começaram. Segundo Manoel, houve agressão de ambos os lados. Questionado se conhecia o professor, o pai relata que não. "Estão falando que eu sou homofóbico, que é uma perseguição porque ele é gay, isso é mentira, eu nem sabia que ele era gay, fui descobrir depois, a opção sexual para ele pouco me importa, o que me importa é a vida do meu filho, o risco que o meu filho está correndo, que eu não aceito, independente se fosse hétero ou qualquer outra opção sexual." Indignado, o pai diz que estão querendo fazer uma cortina de fumaça para abafar o caso. "Tem relatos de outras mães e pais que sofreram assédio por esse mesmo professor, essa que é a verdade", relata. Manoel diz que outros pais já relataram situações parecidas com as sofridas pelo filho. Ele diz que já foi realizada uma reunião com o referido professor e que nada foi resolvido. "Ele foi chamado até a sala para conversar com esses pais e negou tudo o ocorrido. A Secretaria de Educação, em vez de ter afastado ele, não afastou, ele simplesmente voltou a dar aula e os pais vieram embora sem resposta nenhuma", conta. "Eu fiquei bravo quando eu vi a situação do meu filho chorando, com a crise de choro, ele não conseguia nem falar direito o que tinha acontecido. Eu fui ouvir bem direito mesmo quando eu cheguei em casa, que eu sentei e perguntei para ele o que tinha acontecido", diz Manoel. 'Não se sentia bem', diz filho sobre aulas do professor "Ele falava que não se sentia muito bem nas aulas dele. Ele fazia uns teatros, umas cenas que ele não se sentia bem. Ele se sentia inseguro, mas só isso. Nunca tinha relatado nada em específico", relata. Manoel conta que outros professores já foram acusados de assédio no colégio. "Esse colégio já é bem problemático. A gente já vem relatando isso há três anos ao Ministério Público, à Secretaria do Estado.Inclusive, já teve intervenção a pedido do Ministério Público, da Secretaria de Estado, não resolveram", diz, indignado. O pai finaliza dizendo que não abrirá ação contra a escola, nem contra o professor, mas sim contra parte da imprensa que, segundo ele, está o difamando. "Estão falando que eu sou um criminoso, que eu tenho uma longa ficha corrida de crimes, é mentira. As pessoas que estão falando de mil, vão ter que responder." Confira o relato do professor agredido em: Veja o que diz professor agredido e ameaçado de morte por pai de aluno em SC >> Para mais notícias, siga o SCC10 no Instagram, Threads, Twitter e Facebook.