curry - SCC10

Durante anos, o britânico Dave Chuter acreditou que a azia e o desconforto digestivo frequentes eram apenas uma reação ao consumo de pratos apimentados, especialmente ao curry. Sem desconfiar de algo mais grave, ele tratava os sintomas com medicamentos e seguia sua rotina normalmente. Só aos 52 anos, quando começou a ter dificuldades para engolir, decidiu procurar um médico – e recebeu um diagnóstico chocante: câncer de esôfago. As informações são do Metrópoles. A doença já estava avançada, e Dave se viu diante de uma escolha difícil: arriscar uma cirurgia complexa ou encarar uma expectativa de vida de apenas seis a nove meses. Ele optou pela operação, que removeu grande parte de seu estômago e do esôfago. "Foi uma cirurgia enorme, mas sem ela, eu não estaria aqui hoje", disse ele, agora com 71 anos. Sintomas silenciosos e diagnóstico tardio O câncer de esôfago é um dos tipos mais comuns no mundo e afeta principalmente homens. Os sintomas iniciais, como azia, refluxo e dificuldade para engolir, são frequentemente confundidos com problemas digestivos comuns, retardando o diagnóstico e o início do tratamento. No caso de Dave, os sinais começaram ainda na juventude, mas ele nunca imaginou que poderiam indicar uma doença grave. "Eu achava que era normal sentir azia e desconforto depois de comer certos alimentos. Quando os remédios funcionavam, eu seguia em frente sem me preocupar", relatou. O atraso no diagnóstico é um fator crítico para a doença, pois quanto mais cedo o câncer é detectado, maiores são as chances de sucesso no tratamento. Especialistas alertam que sintomas persistentes, especialmente em pessoas com fatores de risco como tabagismo, consumo frequente de bebidas alcoólicas e dieta pobre em fibras, devem ser investigados o quanto antes. Sobrevivente e defensor da conscientização Após superar a doença, Dave Chuter se tornou um defensor da conscientização sobre o câncer de esôfago e trabalha para alertar outras pessoas sobre os perigos de ignorar sintomas. Recentemente, ele participou de um projeto apoiado pela instituição Worldwide Cancer Research e pela organização Guts UK, que busca melhorar as taxas de sobrevivência ao câncer digestivo. "Ver os esforços da ciência para encontrar curas e prevenir essa doença nos dá esperança. Precisamos compartilhar conhecimento e atuar juntos para vencer o câncer", afirmou. A história de Dave serve como um alerta: sintomas persistentes, por mais inofensivos que pareçam, podem esconder algo mais sério. Procurar ajuda médica e realizar exames preventivos pode fazer toda a diferença. *Com informações do Metrópoles. >> Para mais notícias, siga o SCC10 no BlueSky, Instagram, Threads, Twitter e Facebook.