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Terrorismo

Vídeos mostram policiais contendo extremistas no Congresso

Câmera acoplada ao uniforme de um policial legislativo registrou os momentos de tensão

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Imagens gravadas dentro do Congresso Nacional mostram como a Polícia Legislativa tentou conter a ação dos extremistas, na invasão de 8 de janeiro. Mesmo em menor número, os agentes agiram para impedir a ação dos vândalos.

A câmera acoplada ao uniforme de um policial legislativo registrou os momentos de tensão vividos pra conter os golpistas que invadiram o Congresso.

Por volta das 16h do dia 8, centenas de criminosos já ocupavam o Salão Verde da Câmara. Policiais legislativos faziam uma barreira para impedir a invasão do Plenário.

Quando a multidão começou a empurrar os agentes, bombas de gás e spray de pimenta foram disparados na direção dos invasores. A multidão se afastou em meio à nuvem de fumaça.

Menos de 10 minutos depois, alguns criminosos foram para cima dos policiais — que se trancaram no Plenário da Casa.

Em outro ponto do Salão Verde, quando as bombas começaram a estourar, uma mulher enrolada na bandeira do Brasil destruiu a maquete do Congresso. Um homem usou um pedestal de metal para quebrar uma barreira de vidro.

Invasores seguiam tentando entrar no Senado, e usaram a mangueira de incêndios para jogar água nos policiais. Uma granada de gás lacrimogênio foi jogada por baixo dos escudos dos policiais — que foram obrigados a recuar.

Invasores que conseguiram acessar outros corredores do Congresso foram flagrados destruindo salas de lideranças partidárias. Um homem colocou fogo numa instalação de informática da Câmara. Ele chegou a lançar álcool no fogo para aumentar as chamas — mas o fogo foi apagado pelos bombeiros.

Mensagens em código trocadas pelos invasores, obtidas pelo SBT News, mostram o planejamento dos ataques — e o grau de conhecimento dos criminosos. Uma delas ensina como pegar uma bomba de gás lacrimogêneo e jogar de volta na direção da polícia. Outra fala para os criminosos irem para Brasília em dias diferentes, para não serem detidos.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados, muitos invasores do Congresso estavam com rojões, estilingues e até facões. Alguns usavam máscara anti-gás, capacete, escudo e sabiam usar a mangueira de incêndio para dispersar o gás lacrimogênio. Técnicas de rapel foram usadas para descer o jardim de inverno, no Salão Verde. No dia da invasão, oito pessoas foram presas por policiais da Câmara e 38 por policiais do Senado.

No Rio de Janeiro, uma mulher de 48 anos, que não teve o nome divulgado, se apresentou à delegacia da Polícia Federal em Campos dos Goytacazes, na noite desta 2ª feira (17.jan). Ela é alvo de um dos três mandados de prisão da PF contra suspeitos de organizar e financiar atos antidemocráticos. Nesta segunda-feira também foi preso o bombeiro Roberto Henrique de Souza Júnior.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, atendeu a um pedido feito pela Defensoria Pública do Distrito Federal e determinou a saída antecipada de 85 mulheres presas na Penitenciária da Colmeia para abrir espaço no presídio; 513 mulheres presas nos atos golpistas foram enviadas para o local, que ficou superlotado. As detentas, que serão liberadas por 90 dias, já cumprem pena em regime semiaberto — e usarão tornozeleira eletrônica.

O corregedor-geral da justiça eleitoral, Benedito Gonçalves, atendeu o pedido feito pelo PDT para que a minuta do decreto, encontrado pela PF na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que pretendia mudar o resultado das eleições, faça parte de uma ação de investigação eleitoral movida contra Jair Bolsonaro. O ex-presidente poderá se manifestar em um prazo de três dias. O processo pode resultar na inelegibilidade, por oito anos, de Bolsonaro.

Em resposta aos ataques as sedes dos Três Poderes, o Supremo Tribunal Federal lançou nesta terça a campanha Democracia Inabalável. O video divulgado nas redes do tribunal e nas contas dos ministros traz a mensagem que o patrimônio físico foi danificado, mas “defesa da constituição segue inabalada”.

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