Caso da vereadora ameaçada de morte será acompanhado por comitiva especial em Joinville
A visita em Joinville tem como objetivo tratar das violações de direitos humanos que ocorreram após a eleição de Ana Lúcia Martins
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Os ataques racistas e as ameaças de morte contra a vereadora eleita em Joinville, Ana Lúcia Martins (PT), repercutiram nacionalmente e o caso ganhou a atenção de uma série de organizações de defesa dos direitos humanos do Brasil. Nesta quarta-feira (2), uma comitiva representando estas organizações vão a Joinville acompanhar o caso.
A visita em Joinville tem como objetivo tratar das violações de direitos humanos que ocorreram após a eleição de Ana Lúcia Martins, primeira mulher negra eleita a vereadora na história da cidade, e das investigações que estão em andamento. Além de reunir-se com a vereadora eleita Ana Lúcia Martins, a comitiva fará uma reunião na Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), às 16hrs.
A comitiva será composta por Darci Frigo, que representa a Comissão de Defensores e Defensoras de Direitos Humanos do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), o Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos (CBDDH) e a Terra de Direitos; Juliana Mittelbach e Cleci Martins, da Rede de Mulheres Negras do Paraná (RMNPR); Fernanda Lapa, do Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH); e Lizandra Carpes, Cynthia Maria Pinto da Luz e Maikon Jean Duarte, do Centro de Direitos Humanos Maria da Graça Bráz (CDH), de Joinville. A visita ainda conta com o apoio das organizações Instituto Marielle Franco, Justiça Global e Criola, que acompanham o caso.
As organizações de direitos humanos cobram que sejam tomadas as devidas providências para proteger a vida e a integridade de Ana Lúcia Martins e exigem que as autoridades atuem no sentido de descobrir e punir os autores destas práticas criminosas, que configuram também um evidente ataque à democracia e aos direitos humanos.
Relembre o caso
Desde o dia 15 de novembro, Ana Lúcia Martins tem sido alvo de ataques racistas e ameaças de morte. A Polícia Civil realizou mandado de busca e apreensão na casa do suspeito das primeiras ameaças no dia dia 22 de novembro. Neste mesmo dia, novas ameaças chegaram no e-mail de Ana e foram ainda mais graves que as primeiras.
Todos os ataques foram encaminhados à Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso, que investiga o caso. Por conta das ameaças, Ana Lúcia está reclusa, inclusive não participou do ato realizado em sua defesa realizado no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Diante da situação, a vereadora eleita solicitou formalmente proteção pessoal à Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina.
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