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POLÊMICA

Universidade impede formando de exibir suástica durante colação de grau

UFRGS interveio antes da cerimônia e determinou a remoção da pintura para permitir a participação do estudante

• Atualizado

Olga Helena de Paula

Por Olga Helena de Paula

Foto: Reprodução.
Foto: Reprodução.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) impediu que um formando do curso de Engenharia de Minas participasse da colação de grau com uma suástica pintada no rosto. O caso aconteceu na última terça-feira (18), no Campus Centro, em Porto Alegre.

Conforme o SBT News, o símbolo nazista estava visível no rosto do estudante antes do início da cerimônia. Ao tomar conhecimento da situação, a universidade interveio imediatamente. O vice-reitor e o coordenador de Segurança advertiram o formando, determinando que ele removesse a pintura ou seria impedido de participar da solenidade. Caso se recusasse, a UFRGS afirmou que acionaria a Polícia Federal para averiguação.

O estudante tentou justificar que a suástica fazia referência ao hinduísmo, mas, diante da advertência, apagou o desenho e seguiu para a cerimônia com outras pinturas no rosto, sem conotação nazista.

Durante a formatura, parte do público reagiu quando o estudante foi anunciado, gritando “nazista”. Em resposta, ele fez um gesto considerado hostil em direção à plateia. O momento foi registrado em vídeo pela produtora responsável pela transmissão do evento.

A ONG Stop Hate Brasil encaminhou uma denúncia ao Ministério Público do Rio Grande do Sul, alegando que o estudante tentou camuflar a intenção de exibir um símbolo nazista ao associá-lo a elementos budistas. A organização afirmou que houve um planejamento para minimizar possíveis repercussões jurídicas.

A UFRGS declarou que registrará um boletim de ocorrência na Polícia Federal e analisará medidas administrativas contra o aluno. Em nota, a universidade reforçou que não tolera manifestações de ódio, intolerância ou ataques aos direitos humanos em seus espaços acadêmicos.

O Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFRGS e a União Nacional dos Estudantes (UNE) exigiram a anulação da formatura e do diploma do estudante. As entidades classificaram a atitude como apologia ao nazismo, crime previsto no Código Penal Brasileiro, e cobraram uma investigação rigorosa para evitar novos casos semelhantes.

*Com informações do SBT News.

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