Trinta mulheres denunciam ginecologista por abuso, assédio e estupro
O Conselho Regional de Medicina afirmou, em nota, que abrirá sindicância para apurar os fatos
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Um ginecologista de São Mateus, no norte do Espírito Santo, foi preso preventivamente após ser denunciado por, pelo menos, 30 mulheres, de acordo com a advogada de uma das vítimas.
As mulheres denunciaram abuso, assédio sexual e estupro cometidos entre 2019 e 2021 por Gedison Luis Gonçalves, de 46 anos. Uma das vítimas afirmou que foi estuprada pelo médico durante uma consulta. Ela estava grávida de 8 meses.
A então gestante na época do abuso relatou que o ginecologista perguntou sobre a vida sexual dela. O médico chegou a pedir que a mulher mostrasse o “ponto G”. O abuso foi cometido quando a paciente foi ao consultório sem o marido pela primeira vez e teve medo de denunciar. “Por não permitir provas físicas, só ser uma palavra contra a outra. E a Justiça do Brasil é muito falha, né?”, explicou.
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A vítima afirmou que, mesmo relatando em detalhes, nem tudo foi colocado na denúncia. Outras mulheres teriam sido abusadas com toques e elogios inapropriados.
Gedison atendia em clínicas particulares do município. Ele foi preso quando saía de casa, após um mandado de prisão em decorrência da operação “Marias”. Após a detenção do ginecologista, mais mulheres foram à delegacia para prestar depoimento. Uma delas foi a gestante relatada acima.
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“Quero que ele continue preso. Não por assédio, [mas sim] por estupro. Porque o que ele fez comigo é, sim, estupro. Ele me masturbou sem a minha permissão. Foi totalmente invasivo”, contou a vítima.
O Conselho Regional de Medicina afirmou, em nota, que abrirá sindicância para apurar os fatos. A Prefeitura de São Mateus disse que todas as consultas do ginecologista foram suspensas.
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