Três vítimas de atirador em escola do ES têm piora no quadro de saúde
Duas professoras, que também foram baleadas durante o ataque à escola, receberam alta nesta segunda-feira
• Atualizado
Na casa de Priscila, flores de amigos e colegas de profissão. A professora foi baleada nas costas durante o ataque à Escola Estadual Primo Betti, localizada no município de Aracruz, no Espírito Santo. Depois de momentos de terror, ela recebeu alta médica e, enfim, nesta segunda-feira (28), voltou para casa.
“Ele parava, atirava em um, atirava em outra, e ele não saiu da sala enquanto ele não viu que estava todo mundo atingido”, lembra a sobrevivente sobre a frieza do atirador de apenas 16 anos.
A professora Bárbara também foi baleada. Depois de deixar o hospital, ela recebeu a visita dos policiais militares que a ajudaram no dia do ataque. “Eu estava clamando por socorro, que alguém chegasse para socorrer a gente”, ela conta.
Ajuda que veio de tenente da Polícia Militar, Adriano de Farias, e outros colegas da corporação. “Hoje, estar aqui, na casa da Bárbara, dando um abraço nela, é muito gratificante para gente”, diz o PM.
Outras 5 vítimas do atirador seguem internadas: duas mulheres e uma menina de 14 anos continuam na UTI, em estado grave; duas delas estão intubadas. Ao todo, 4 pessoas foram mortas e 12, feridas.
O assassino está internado em uma unidade socioeducativa e responderá por atos infracionais análogos a 4 homicídios e 9 tentativas de homicídio. O conteúdo do celular dele está sendo analisado pela polícia, que tenta descobrir qual foi a motivação dos ataques e se ele teve cúmplices.
Em entrevista ao jornal “A Tribuna”, da afiliada do SBT no Espírito Santo, o pai do adolescente negou que tenha ensinado o filho a atirar. Ele também pediu perdão às vítimas, e afirmou que o assassino precisa pagar pelo que fez. Os pais do jovem já prestaram depoimento à polícia.
Apesar do trauma, as duas professoras pretendem voltar à escola e continuar lecionando. Contudo, Priscila pede mais segurança para funcionários e alunos.
“A partir do momento em que eles saem de casa para ir para escola, que eles tenham a segurança de ir, de estudar, de aprender, de socializar, mas que eles também tenham essa certeza de que vão voltar íntegros para casa. E nós [professores] também, com certeza”, conclui Priscila Queiroz.
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