Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão em carvoaria de Salvador
Eles trabalhavam jornadas exaustivas em condições de insalubridade, sem equipamentos de proteção
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Um grupo de trabalhadores foi resgatado em condições análogas à escravidão em uma carvoaria que funcionava ilegalmente em um bairro de Salvador, na Bahia. Além de não terem registro em carteira, os empregados cumpriam uma rotina exaustiva em condições precárias.
Um dos cinco homens resgatados falou sobre a rotina na carvoaria: “a gente chega, geralmente, de manhã, às 7h, toma café e vai enfrentar a batalha, né? Como todo dia, é a nossa rotina de trabalho”.
Os trabalhadores em condições análogas à escravidão relataram aos fiscais que recebiam cerca de R$ 0,18 por saco de carvão produzido, disseram que não tinham equipamentos de proteção individual e que as condições no local eram péssimas.
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“Esses trabalhadores se submetiam, além dessas condições de insalubridade, a essa jornada exaustiva. Inclusive, um local deste, com grande risco de incêndio, não há nenhum equipamento de proteção e combate a incêndio, e todos eles em situação de informalidade”, afirma Mário Diniz, auditor do Ministério do Trabalho e Emprego.
O dono da carvoaria foi encaminhado para a central de flagrantes, os cinco trabalhadores resgatados tiveram os contratos rescindidos. Agora, eles receberão seguro desemprego.
Nesta semana, a mesma empresa chegou a ser alvo de uma operação coordenada pela Polícia Militar Ambiental, que apreendeu no galpão centenas de sacos de carvão sem o DOF, o documento de origem florestal. Foi a partir desta ação que surgiu a suspeita em relação às condições de trabalho oferecidas aos funcionários.
“A missão principal da Polícia Nilitar é salvar vidas, né? Foram 430 sacos de carvão produzidos de forma ilegal. Desde este dia, nós já tínhamos a informação de que possivelmente haveria trabalhadores em situação análoga à escravidão”, afirma o policial militar Breno Augusto.
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