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Julgamento

Testemunha afirma que acusada de matar grávida em Canelinha planejou todos os atos

Policial afirmou que ré pesquisou na internet e com amigas que já eram mães como seriam os exames para comprovar o parto, segundo o MPSC

• Atualizado

Vitória Hasckel

Por Vitória Hasckel

Rozalba Maria Grime. Foto: Ronaldo Penido | SCC SBT
Rozalba Maria Grime. Foto: Ronaldo Penido | SCC SBT

Um dos policiais participantes da investigação do assassinato da grávida em Canelinha afirmou ao Tribunal do Júri, na manhã desta quarta-feira (24), que todos os atos de Rozalba Maria Grime, acusada de cometer o crime, demonstram que a ré havia planejado cada detalhe da morte. O policial é a primeira testemunha a ser ouvida no julgamento de Rozalba Maria Grime, acusada de matar Flávia Godinho Mafra para retirar o bebê da sua barriga em Canelinha.

“O policial diz que a ré pesquisou na internet e com amigas que já eram mães como seriam os exames para comprovar o parto e forjar provas de que tinha dado à luz”, relatou o MPSC pelas redes sociais. O policial afirmou ainda que acusada não contribuiu com as apurações e tentou diversas vezes dificultar as investigações e induzir a polícia a erros.

>> Júri popular de acusada de matar grávida em Canelinha é realizado nesta quarta

De acordo com o Ministério Público, o policial encerrou o seu depoimento ao Ministério Público afirmando que nunca viu uma pessoa cometer um crime de forma tão fria em 15 anos como policial.

Apenas pessoas envolvidas na realização do júri, um pequeno grupo de familiares da ré e da vítima estão tendo acesso ao plenário da Câmara, onde ocorre o Tribunal do Júri, entretanto, o relato do policial foi repassado pelo Ministério Público de Santa Catarina pelas redes sociais.

Júri

O júri está sendo presidido pelo juiz José Adilson Bittencourt Júnior, titular da Vara Criminal de Tijucas, com a atuação dos promotores de justiça Alexandre Carrinho Muniz e Isabela Ramos Philippi, além da advogada Patricia Daniela Adriano como assistente de acusação. A defesa terá a atuação dos advogados Rodrigo Goulart e Bruna dos Anjos. É prevista a oitiva de 16 testemunhas arroladas.

Presa preventivamente, a ré foi pronunciada pelos crimes de feminicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de meio cruel, mediante dissimulação e para encobrir outro crime. Também pelo crime de tentativa de homicídio qualificada pela impossibilidade de defesa (em relação ao bebê). Ela responderá, ainda, pelos crimes de ocultação de cadáver, parto suposto, subtração de incapaz e fraude processual. 

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