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Homicídio triplamente qualificado

Suspeito de matar ex-namorada grávida em Lages já foi denunciado pelo MPSC

Homem foi preso na semana passada, 14 meses após cometer o crime

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Redes Sociais | Reprodução
Foto: Redes Sociais | Reprodução

O suspeito de matar a ex-namorada grávida em Lages já foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em 18 de abril, por homicídio triplamente qualificado (feminicídio, motivo torpe e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima) e aborto praticado sem o consentimento da gestante. O homem, de 35 anos, foi preso na semana passada no Sul do estado e está respondendo à denúncia. A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Lages requereu que ele vá a Júri popular e aguarda os encaminhamentos do processo.  

Segundo a acusação, em 16 de junho de 2021 o homem teria ido até o apartamento da ex-namorada, no Centro da cidade, e disparado pelo menos três tiros contra ela. Os projéteis causaram politraumatismo, anemia aguda e traumatismo cranioencefálico na vítima, provocando a morte dela.

O réu teria cometido o crime porque não queria que a ex-namorada prosseguisse com a gravidez, fruto da relação entre os dois. Ele permaneceu foragido por 14 meses, mas na semana passada foi detido pela Divisão de Investigação Criminal de Lages na cidade de Itapirubá. 

“Um sentimento de alívio. A justiça foi feita”, afirmou Raquel, mãe de Ana Julia. A mãe enviou uma mensagem ao SCC SBT, falando sobre o sentimento após a prisão.

Ao chegar a Lages, ele participou da audiência de custódia, teve a prisão preventiva ratificada e está no Presídio Masculino de Lages. O nome do suspeito não é divulgado porque o processo corre em segredo de Justiça. 

Relembre o caso:

O crime aconteceu em junho de 2021 dentro do apartamento da vítima, no Edifício Rio Verde, Rua Frei Rogério, uma das mais movimentadas do centro de Lages, próximo à Catedral Diocesana. A jovem estava grávida de dois meses.

O suspeito seria o ex-namorado, de 34 anos, que fugiu em um automóvel e estava foragido desde então. Uma das câmeras de videomonitoramento da prefeitura de Lages flagrou o suspeito correndo pela calçada ao lado da Praça João Ribeiro, sentido à rua Vidal Ramos Júnior, vestido com roupas escuras, boné bege e tênis brancos.

Ele teria cometido o crime por não aceitar o término do relacionamento com a moça. A Polícia Militar (PM) na época verificou que havia dois Boletins de Ocorrência (B.O.s) registrados por Ana Júlia contra o suspeito em 2020, um deles por impedimento de tomar posse de pertences em moradia e o outro por ameaça de morte.

Entrevista com a mãe de Ana Júlia na Campanha “Por Elas – Você pode, nós podemos!”

Em 2021, o SCC SBT conversou com a mãe de Ana Julia, Raquel, de Lages. Ela falou sobre a luta para que o caso de Ana Júlia seja lembrado como um exemplo para que as famílias forneçam o apoio e a coragem necessária a todas as mulheres que passam por situações de violência.

Veja a entrevista:


>> Ato contra feminicídio pede justiça por jovem grávida morta em Lages; veja vídeo

Entenda o caso

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