Suspeito de estuprar, espancar e dopar garotas de programa é preso em SC
Crimes foram cometidos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul
• Atualizado
Na manhã desta terça-feira (19), uma operação conjunta entre a Polícia Civil de Santa Catarina e a Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu um homem suspeito de estupros e roubos em série, nos dois Estados. O homem, de 33 anos, é suspeito de cometer uma série de estupros contra garotas de programa.
O homem fazia contato com garotas de programa por um site de encontros e marcava o encontro em local íntimo, onde estuprava as vítimas com uso de uma arma de fogo, amarrando-as. Após o estupro, roubava pertences pessoais das vítimas e as obrigava a fazer depósitos. Por fim, obrigava que elas ingerissem remédio de uso controlado, dopando-as. Entre as vítimas, há quatro mulheres trans.
O primeiro crime, contra uma mulher, foi registrado no dia 23/02/2022; o segundo em 05/03/2022, também contra uma vítima e o terceiro caso, ocorrido no final de setembro de 2021 não tinha sido registrado até chegar ao conhecimento da DPCAMI/PCSC e envolvia duas vítimas. Foram instaurados inquéritos policiais e apurou-se que se tratava do mesmo suspeito, que ainda não estava identificado, pois a forma de agir era idêntica em todos os casos.
No decorrer das investigações, a DPCAMI/PCSC de Araranguá teve notícia de outras duas vítimas de crimes ocorridos em Araranguá. Porém, elas não registraram o fato, com receio, pois foram ameaçadas pelo investigado.
Com apoio de policiais civis da DIC/PCSC de Araranguá, policiais civis de Vacaria, no Rio Grande do Sul entraram em contato com os policiais da DPCAMI/PCSC e informaram que na cidade do RS ocorreram outros 3 crimes, todos com o mesmo modus operandi, tendo uma das vítimas sido espancada com violência.
Investigações
A ação foi realizada por policiais civis de Araranguá e de Vacaria, no amanhecer desta terça, em uma residência localizada em Balneário Arroio do Silva. Os mandados judiciais de prisão temporária, busca e apreensão e coleta coercitiva de DNA foram expedidos pela Justiça da Comarca de Araranguá após a representação pela delegada titular da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI/PCSC) de Araranguá contra o homem, de 33 anos.
Ele estava foragido da Justiça, pois já tinha contra si mandado de prisão em aberto pela Vara das Execuções Criminais de Pelotas (RS), com validade até o ano de 2037, por crimes de porte ilegal de arma de fogo, roubo majorado e homicídio qualificado. O preso é natural de Passo Fundo (RS). Foi apreendida uma arma de fogo utilizada pelo homem: uma pistola, calibre 765, com numeração adulterada e 29 munições.
A investigação em Santa Catarina, presidida pela DPCAMI/PCSC de Araranguá, foi realizada em conjunto com a Polícia Civil de Vacaria (RS) e contou com o apoio da DIC/PCSC de Araranguá e da Diretoria de Inteligência (DIPC/PCSC).
“Por se tratar de foragido, desconhecido das vítimas, foi uma investigação complexa e difícil, que teve a autoria descoberta após trabalho de todos os policiais civis, catarinenses e gaúchos”, afirmou a Polícia Civil.
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