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TRAGÉDIA!

Sem caixas-pretas, queda de avião na Índia pode levar meses para ser explicada

A principal suspeita é de que houve perda de potência nos dois motores

• Atualizado

Redação

Por Redação

Sem caixas-pretas, queda de avião na Índia pode levar meses para ser explicada. – Foto: Reprodução | Força Central de Segurança Industrial
Sem caixas-pretas, queda de avião na Índia pode levar meses para ser explicada. – Foto: Reprodução | Força Central de Segurança Industrial

Sem a localização das caixas-pretas — que ainda não foram encontradas, a investigação sobre a queda de um avião na Índia, nesta quinta-feira (12), pode se arrastar por meses. A principal suspeita é de que houve perda de potência nos dois motores, o que impossibilitou a continuidade do voo.

O SBT News ouviu o comandante Décio Corrêa, presidente do Fórum Brasileiro de Transporte Aéreo e da Associação Brasileira de Manutenção Aeronáutica, que reforça: “Foi realmente uma perda de potência nos dois motores. Ele não teve potência pra continuar voando”.

Segundo Corrêa, se apenas um motor tivesse falhado, o Boeing 787 Dreamliner ainda teria condições de voar com segurança.

“Se ele tivesse perdido um motor totalmente, pra um 787 Dreamliner, isso significa nada. Ele decolaria tranquilo, circularia e pousaria porque não pode prosseguir um voo monomotor. Toda aeronave bimotor voa tranquilamente com um motor só, incluindo a decolagem”, explicou o presidente do Fórum Brasileiro de Transporte Aéreo.

Hipóteses para a queda do avião na Índia

Enquanto as autoridades locais continuam em busca das caixas-pretas, duas hipóteses são apontadas como principais causas da tragédia: uma falha no sistema automatizado da aeronave ou o uso de combustível contaminado.

“É um problema do automatismo da aeronave que, por uma razão desconhecida — que vai ser descoberta na investigação — não conseguiu acelerar para a potência de decolagem”, afirma Corrêa. Ele explica que a potência ideal pode variar entre 75%, 80% ou até 100%, dependendo de fatores como temperatura, pressão e comprimento da pista.

A outra possibilidade, embora menos provável, também será apurada: “Eu pessoalmente já tive combustível contaminado na minha aeronave, que, graças a Deus, eu sobrevivi. Mas, quando você tem um combustível contaminado, você não consegue tirar desse combustível a potência necessária. É como você, na gasolina do seu carro, jogar uns litros de água…”, comparou, afirma Décio.

Com a falta de dados concretos e equipamentos de registro, o processo investigativo ainda depende de análises técnicas, evidências no local da queda e do resgate das caixas-pretas. Até lá, o que provocou a perda dos dois motores permanece um mistério.

*As informações são do SBT News.

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