SC é alvo de investigação da PF por uso ilícito de criptomoedas por organizações criminosas
Remessas de dinheiro ao exterior chegam a R$ 18 bilhões; operação é feita em parceria com a Receita Federal
• Atualizado
O estado de Santa Catarina será investigado pela Polícia Federal (PF), em parceria com a Receita Federal, na Operação Colossus, contra crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e associação criminosa. As apurações ocorreram entre 2017 e 2021 mas, segundo os investigadores, mais crimes foram praticados até esse ano. A operação foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (22).
São cumpridos mandados nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, entre elas duas ordens judiciais de prisão preventiva e 37 ordens judiciais de busca e apreensão.
Os investidores adquiriam grandes quantidades de ativos virtuais no exterior, em países como os Estados Unidos Cingapura e Hong Kong, e vendiam para o Brasil. No entanto, as investigações constaram que parte da documentação apresentada aos bancos tinham indícios de desvio de finalidade e tinha o objetivo de ocultar a origem nacional dos valores.
Isso foi feito pelo fato de plataformas de investimentos dos EUA não aceitarem a compra de criptoativos com recursos oriundos do Brasil. As remessas de dinheiro ao exterior chegam a R$ 18 bilhões.
A PF ressalta que comprar e vender ativos virtuais não é crime, entretanto há pessoas interessadas em ocultar a origem de recursos ilícitos.
O nome da operação faz referência ao computador batizado com o mesmo nome que foi desenvolvido durante a 2ª Guerra Mundial por criptoanalistas britânicos.
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