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Estragos

São João Batista decreta calamidade pública após enchente deixar 800 desalojados

É considerada a segunda maior enchente registrada na cidade desde 2011, atrás apenas da de dezembro de 2022.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Prefeitura de São João Batista/Divulgação
Foto: Prefeitura de São João Batista/Divulgação

O Município de São João Batista decretou situação de calamidade pública após ser impactado por nova cheia do Rio Tijucas nas últimas horas. Conforme medição do sistema Epagri/Ciram no Centro da cidade, o rio atingiu o pico de 8,04 metros às 0h15min deste sábado (18), deixando no mínimo 285 pessoas desabrigadas e 800 desalojadas. É considerada a segunda maior enchente registrada na cidade desde 2011, atrás apenas da de dezembro de 2022.

Na manhã de terça-feira (14), um forte vendaval, acompanhado de granizo, resultou no destelhamento de 63 residências e duas empresas do ramo madeireiro no interior do município, além de grandes prejuízos ao setor agrícola. A situação já havia levado à decretação de estado de emergência nas localidades afetadas pelos ventos.

Com a necessidade de ações de resposta a dois eventos extremos consecutivos, o prefeito Pedro Alfredo Ramos, o Pedroca, se reuniu, na manhã deste sábado, com o Conselho Municipal de Defesa Civil (Comdec) para avaliar a situação. Durante o encontro, foi decidido pela declaração de situação de calamidade pública, instrumento necessário para possibilitar a solicitação de auxílio para o enfrentamento das consequências dos eventos climáticos adversos.

Conforme levantamento preliminar da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, foram registrados danos nos prédios que sediam o CRAS, a Unidade Básica de Saúde do Jardim São Paulo e o Corpo de Bombeiros, assim como em vias públicas e na rede de drenagem. Uma ponte na SC-108, no distrito de Tigipió, está com trânsito em meia pista devido à erosão verificada em uma das cabeceiras. Também foi interditada uma ponte provisória na localidade de Arataca.

O sistema de fornecimento de água ficou temporariamente interrompido e os estragos na agricultura foram ampliados. Os impactos, no entanto, ainda estão sendo levantados e poderão ser melhor averiguados à medida que as águas continuem a baixar.

Na área de auxílio humanitário, três abrigos provisórios foram abertos pela Secretaria Municipal de Assistência Social para atender às famílias desabrigadas. Cerca de 350 de residências foram afetadas, sendo a maior parte nos bairros Tajuba I, Tajuba II, Ribanceira do Sul e Centro.

Mais de 45 ocorrências de resgate e salvamento foram atendidas pelo Corpo de Bombeiros Militar. Também foram registrados deslizamentos de pequeno porte. Não há, até o momento, registro de vítimas em decorrência da enchente.

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