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Descaminho

Receita Federal deflagra operação contra lavagem de dinheiro em Santa Catarina

A estratégia usada pelo grupo para driblar a fiscalização aduaneira e tributária foi a de criar dezenas de empresas de fachada

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Divulgação/Polícia Federal
Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal, com o apoio da Receita Federal, deflagrou na manhã desta quinta-feira (23), uma operação com o objetivo de desarticular grupo que atua no descaminho de produtos eletrônicos trazidos do Paraguai, com empresas nos estados de Santa Catarina e Paraná.

Na operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal de Chapecó, em residências de seis pessoas no Município de Medianeira/PR. Esses investigados são suspeitos de atuarem na importação clandestina e comércio de produtos eletrônicos, sonegação tributária, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A investigação começou no ano de 2019 quando mercadorias foram apreendidas em uma tentativa de remessa por meio de uma agência dos Correios na cidade de Campo Erê. De acordo com a Polícia Federal, à época, foi verificado que as mercadorias eram acompanhadas de uma mera declaração de conteúdo ou de notas fiscais irregulares – expedidas em nome de empresas já baixadas ou inativas. Foi constatado ainda que a maioria das vendas se davam por meio de plataformas online e em nome de pessoas interpostas (laranjas).

No aprofundamento das investigações foi verificado que o grupo começou a atuar ainda no final dos anos 1990. A estratégia usada para driblar a fiscalização aduaneira e tributária foi a de criar dezenas de empresas de fachada, em diferentes municípios, que atuavam por algum tempo e depois tinham suas atividades encerradas.

Dados recebidos de sistemas de inteligência financeira indicam que somente entre os anos de 2017 e 2020 o grupo empresarial movimentou mais de 17 milhões de reais, realizando diversas operações típicas de lavagem de dinheiro. Os prejuízos causados ao erário serão futuramente calculados pelos órgãos responsáveis.

Durantte as buscas de hoje, foram encontrados ainda animais silvestres em cativeiro sem a devida documentação, os quais foram apreendidos e removidos pela Polícia Ambiental.

Com a medida de busca e apreensão pretende-se obter novos elementos de informação acerca das práticas criminosas, bem como de eventuais coautores e partícipes ainda não identificados. Os investigados poderão responder pelos crimes de Descaminho, Associação Criminosa, Lavagem de Capitais, Sonegação Fiscal e Crime Ambiental. Por esses crimes as penas culminadas podem chegar a 22 anos de prisão.


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