Professor que apoiou ataque a creche em Blumenau usará tornozeleira eletrônica
“Mataria uns 15, 20”, disse o professor em sala de aula após a tragédia
• Atualizado
A Justiça de Santa Catarina acatou um pedido da polícia, e o professor que apoiou o ataque à creche em Blumenau, ocorrido na quarta-feira (5), foi afastado de suas funções e terá de usar tornozeleira eletrônica. A Polícia Civil de Santa Catarina (PC-SC) também instaurou um inquérito para apurar a conduta.
No vídeo, gravado por uma estudante, é possível escutar o professor afirmando: “Tinha matado uns 15, 20. Entra com dois ‘facão’, um em cada mão e ‘pá’. Vão passando correndo e acertando”, afirma o professor. Após a fala, uma estudante diz: “que absurdo”.
As medidas determinadas contra o professor inclui a proibição de acesso ou frequência a qualquer unidade escolar municipal, estadual ou federal, proibição de manter contato com qualquer estudante que tenha sido seu aluno ou presenciado os fatos narrados no inquérito, e obrigação de manter distância mínima de 50 metros dos estudantes, além do uso da tornozeleira.
De acordo com a polícia, a apuração da investigação aponta que ele extrapolou o limite da liberdade de opinião, de expressão e pedagógica, incidindo na conduta criminosa e reprovável. O procedimento prosseguirá com novas diligências previstas ao longo da semana e outras denúncias de racismo, xenofobia, homofobia e intolerância religiosa contra o suspeito serão averiguadas, informou a corporação.
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Assista ao vídeo:
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (SED), por meio da coordenadoria regional de Joinville, informou que está ciente da situação e está tomando todas as medidas cabíveis. “Neste primeiro momento, será realizada a escuta junto a direção da escola para verificação dos fatos para dar andamento ao processo”, diz o documento
A SED destacou que, visando o fortalecimento socioemocional, o currículo catarinense trabalha com competências e habilidades que ampliam o respeito e a empatia na sociedade. As coordenadorias regionais também contam com profissionais como psicólogos e assistentes sociais, que compõem o Núcleo de Prevenção às Violências Escolares (NEPRE), para dar suporte às escolas e estudantes.
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