Prefeitos de cidades de SC, investigados na Operação Mensageiro, passam por audiência
Três prefeitos já se tornaram réus no processo.
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Na manhã desta quinta-feira (27), prefeitos de cidades de Santa Catarina, presos na Operação Mensageiro, passam por audiência na 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Na audiência os desembargadores irão decidir se aceitam ou não a denúncia contra os prefeitos Marlon Neuber, de Itapoá, e Joares Ponticelli, de Tubarão.
No dia 13 de abril, os prefeitos Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva; Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava; e Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo passaram por audiência e se tornaram réus no processo. O julgamento do prefeito Antônio Ceron, previsto para ocorrer nesta quinta-feira (27); foi alterado para o dia 11 de maio. A data do julgamento dos demais prefeitos investigados ainda não foi divulgada.
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Operação Mensageiro: confira lista de prefeitos e vices já presos:
- Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva;
- Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava;
- Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo;
- Marlon Neuber (PL), de Itapoá;
- Joares Ponticelli (PP), de Tubarão;
- Antônio Ceron (PSD), de Lages;
- Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul;
- Caio Tokarski (União), vice de Tubarão;
4ª fase da Operação Mensageiro cumpre novos mandados
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) estão cumprindo, nesta quinta-feira (27), 18 mandados de prisões preventivas e 65 mandados de busca e apreensão.
Esta é a 4ª fase da Operação Mensageiro, que apura suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.
As novas ordens judiciais expedidas pelo TJSC são referentes aos municípios de Imaruí, Presidente Getúlio, Três Barras, Gravatal, Guaramirim, Schroeder, Ibirama, Major Vieira, Corupá, Bela Vista do Toldo, Braço do Norte, Massaranduba. Os mandados foram requeridos pelo MPSC após a análise dos depoimentos de testemunhas, dos investigados e das provas coletadas nas primeiras fases da Operação.
A operação também contou com importante apoio do GAECO do Ministério Público do Distrito Federal que localizou e efetuou a prisão de um dos investigados que estava em viagem à Capital do país.
A investigação está em curso há pouco mais de um ano pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC, que atua, em conjunto com o GAECO e o GEAC, nas apurações de crimes funcionais de prefeitos.
Ao todo, até agora, já foram cumpridos 196 mandados de busca e apreensão e 40 mandados de prisão preventiva. Esta 4ª fase da operação ainda corre em segredo de justiça, por determinação legal, mas, assim que houver a publicidade dos autos, novas informações poderão ser divulgadas.
Entenda a operação
Deflagrada no início de dezembro de 2022, a Operação Mensageiro visa apurar a suspeita de fraude em licitações, casos de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta de lixo em Santa Catarina. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em cerca de R$ 430 milhões. Na operação, 20 municípios estão sendo investigados, mas os mandados de busca, apreensão e prisão foram cumpridos em 30 cidades e no Distrito Federal.
Já foram cumpridos pelo menos 15 mandados de prisão preventiva, além de 108 mandados de busca e apreensão. 25 empresas e 11 pessoas físicas tiveram seus bens bloqueados. No total, são 96 investigados de órgãos públicos, empresas e residências particulares.
A operação contra fraudes na coleta de lixo foi realizada nos municípios: Joinville, Mafra, Brusque, Imbituba, Campo Alegre, Pien (PR), Lages, Pescaria Brava, Canoinhas, Laguna, Imaruí, Braço do Norte, Tubarão, Capirvari de Baixo, Agrolândia, Apiúna, Ibirama, Presidente Getúlio. Além disso, foram cumpridos mandados em Três Barras, Corupá, Itapoá, Barra Velha, Schroeder, Guaramirim, Papanduva, Balneário Barra do Sul, Major Vieira, Canoinhas e Bela Vista do Toldo.
A operação é comandada pelo GAECO (Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas) e pelo GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) do Ministério Público de Santa Catarina.
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