Por 7 votos a 0, cassação de Dr. Jairinho é aprovada na Câmara do Rio
O relatório da Câmara inclui também tortura e agressões contra o menino, a tentativa de tráfico de influência e uso político em causa própria
• Atualizado
O Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro votou, por unanimidade, a favor da cassação do mandato do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido) nesta segunda-feira (28). Por 7 votos a 0, os vereadores Alexandre Isquierdo (DEM-RJ), Rosa Fernandes (PSC-RJ), Dr. Rogério Amorim (PSL-RJ), Chico Alencar (PSOL-RJ), Zico (Republicanos-RJ), Teresa Bergher (Cidadania-RJ) e Luiz Ramos Filho (PMN-RJ) decidiram pela quebra de decoro parlamentar e cassação do mandato de Jairinho, acusado de matar o menino Henry Borel, filho da namorada do político.
O documento, de autoria do vereador Luiz Ramos Filho, foi baseado no inquérito policial sobre o homicídio duplamente qualificado de Henry Borel Medeiros, de 4 anos. O relatório inclui também tortura e agressões contra o menino, a tentativa de tráfico de influência e uso político em causa própria.
De acordo com o depoimento do executivo Pablo Meneses ao Conselho de Ética da Câmara, Jairinho fez muitos pedidos para que o corpo da criança fosse liberado sem ir para a autópsia no Instituto Médico Legal (IML). O vice-presidente de operações e relacionamento da Qualicorp e conselheiro no Instituto D?Or de Gestão de Saúde, contou sobre os conteúdos das mensagens e dos telefonemas que recebeu de Jairinho na madrugada de 8 de março, dia da morte de Henry.
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Jairinho e a namorada, mãe de Henry, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, estão presos desde 8 de abril acusados pela morte da criança, no apartamento em que viviam, na Barra da Tijuca.
O processo agora vai para o plenário da Câmara do Rio e vai ser votado na 4ª feira (28.jun). A perda de mandato vai ser decidida por dois terços dos vereadores, o equivalente a 34 votos, dos 51 integrantes da casa. A defesa de Jairinho terá duas horas para se manifestar.
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