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Extorsão e Tortura

PMs flagrados torturando mulher com saco na cabeça são indiciados

Eles vão responder por extorsão e tortura; O caso aconteceu em Porto Alegre - RS

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Foto reprodução | via SBT News
Foto reprodução | via SBT News

A Polícia Militar gaúcha indiciou os dois soldados que torturaram uma mulher com um saco na cabeça, no primeiro dia do ano, em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Leanderson Alves da Silva, de 30 anos, e João Victor Alves Viana, de 25, vão responder por extorsão e tortura. Os PMs foram presos na quarta-feira (4) pela Corregedoria-Geral da PM.

O caso só veio à tona porque uma testemunha registrou pelo celular a vítima sendo torturada. Segundo a Brigada Militar, a prisão preventiva dos soldados foi pedida para proteger as vítimas. Em entrevista ao SBT, a mulher, que não quis se identificar, declarou que os PMs a ameaçaram de morte caso o vídeo fosse divulgado.

Ainda de acordo com a investigação, a dupla ficou cerca de 30 minutos no bar da vítima, pelos dados do GPS da viatura. A dona do bar disse que os PMs estavam atrás de drogas, que também teriam torturado o marido dela e ainda roubaram dinheiro e levaram bebidas do estabelecimento.

A investigação também apurou que os dois soldados já haviam pesquisado sobre o casal no banco de dados da polícia e que a viatura já havia estado no bar anteriormente para, supostamente, exigir dinheiro do casal, sob a desconfiança de que seria ponto de tráfico de drogas, o que a mulher nega.

O comandante-geral da Brigada Militar, Coronel Feoli, disse na coletiva de imprensa sobre o indiciamento que a BM vai mudar o sistema de ingresso e a seleção de novos PMs no Rio Grande do Sul.

Vinicius Vargas, advogado do soldado João Victor, afirmou que se manifestará nos autos do processo e irá solicitar a revogação da prisão preventiva. O advogado Jair Canalle, defesa de Leanderson, afirmou que também irá ingressar com pedido de liberdade, pelo cliente se tratar de réu primário com endereço fixo, e também irá contestar a cadeia de custódia da prova indiciária apresentada.

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