Pastor é preso por pregar ódio contra judeus e homossexuais
Religioso ironizou policiais federais, vestindo camiseta anti-vacina e tornou a praticar antissemitismo
• Atualizado
O pastor Tupirani da Hora Lores, condenado por intolerância religiosa, foi preso acusado de pregar ódio contra judeus. O religioso também já proferiu discursos racistas e contra mulheres e homossexuais.
No momento da prisão, o criminoso ironizou a chegada dos policiais federais:
“Bom dia, meu amigo. Quanto tempo que vocês não aparecem por aqui”.
Ele foi preso em casa, no templo criado por ele, no centro do Rio de Janeiro (RJ). Tupirani vestia uma camiseta com uma frase anti-vacina e tornou a ofender judeus.
O celular do pastor, usado para disparo de mensagens de ódio, foi apreendido. O religioso chegou a fazer ataques contra o Congresso e ministros do Supremo Tribunal Federal. Na fachada da igreja, os dizeres: “ensinando a morrer por Cristo. Geração de mártires”. Em outra placa, a frase: “Bíblia sim, Constituição não. Jesus volta Sec. 21”, com o “sim” e o “não” em letras maiúsculas.
Em 2008, Lores foi a primeira pessoa no Brasil condenada por intolerância religiosa. A pena, na época, foi prestação de serviços comunitários e o pagamento de dez salários-mínimos a uma entidade beneficente. Agora, se considerado culpado, poderá pegar até 26 anos de prisão.
De acordo com Ricardo Sidi, advogado da Confederação Israelita do Brasil, o discurso do pastor não é “de um lunático inofensivo”.
“Ele, efetivamente, consegue causar mal à sociedade e a prova disso é essa quantidade enorme de fiéis se envolvendo também em práticas de crimes de preconceito e sendo, constantemente, processados”, afirmou.
Com informações do Primeiro Impacto.
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