Pandemia aumentou discussão sobre violência contra as mulheres na internet
Mulheres respondem por 54% das publicações e os homens, 45%
• Atualizado
A pandemia provocou um aumento nas conversas online sobre o tema violência contra a mulher no Brasil, relevou o estudo feito pela Ipsos Brasil em parceria com a ONU Mulheres. O dado, divulgado nesta terça-feira (05), aponta que, só no país, o volume de publicações aumentou 125% de 2019 para 2020.
As mulheres são maioria na hora de tratar o tema. Enquanto elas respondem por 54% das publicações, os homens, por 45%, demonstrou o levantamento que analisou publicações feitas em redes sociais, blogs, site de notícias, entre outros, em cinco países da América Latina (Brasil, México, Honduras, El Salvador e Guatemala). Mulheres na faixa etária entre 18 e 24 anos foram as que mais falaram sobre violência, seguidas de mulheres na faixa etária de 25 a 34 anos.
Os casos que mais mobilizaram os brasileiros nas redes sociais foram os de grande repercussão, como o caso de estupro da influencer Mariana Ferrer (com mais de 218 mil menções de hashtags sobre o crime e quase um milhão de postagens), e o caso de uma criança de 10 anos que ficou grávida após sofrer abuso sexual. À época houve debate sobre o direito ao aborto.
O levantamento também revelou que, em países de língua espanhola, é possível identificar mais agressores buscando informações sobre violência contra mulher no Google do que no Brasil. Agressores brasileiros representam 5% das buscas enquanto em outros países da América Latina eles são 22%. Ao fazer a busca, os agressores assumem que cometeram os abusos ou que sofrem de ciúmes excessivos e vão ao buscador para encontrar ajuda, enquanto as vítimas buscam informações, ajuda e formas de denúncia. Elas também pedem dicas de como sair de um relacionamento violento ou abusivo.
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