Pai e madrasta são presos acusados de violentar e matar criança de dois anos
Laudo médico aponta que garota de dois anos tinha 59 lesões no corpo
• Atualizado
Pai e madrasta de uma menina de dois anos foram presos acusados de violentar e matar a criança, no Rio de Janeiro.
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O pai foi levado para um presídio sob protestos. Marcos Vinícius Lino de Lima disse que é inocente: “o laudo está errado, eu não matei ninguém. Olha aqui, ela broncoaspirou a comida”. Ele e a mãe, Patrícia Ribeiro, foram presos em flagrante.
O laudo médico aponta que Quênia Gabriela tinha ferimentos típicos de agressão física.
“Nós estamos falando de uma criança deste tamaninho, de dois anos e três meses, miúda, com 59 lesões. Não havia lugar no corpo dessa criança que não tinha lesão, 59 marcas de agressão recentes, não tão recentes e mais antigas ainda. Ou seja, essa criança vinha sendo torturada há muito tempo”, afirma a delegada Márcia Julião.
Além dos ferimentos, a polícia diz que também havia sinais de violência sexual. A menina foi levada pelo pai e pela madrasta na quinta-feira (9) até uma clínica na zona oeste do Rio. Segundo o casal, Quênia se engasgou com comida, caiu e parou de respirar.
A médica percebeu que a criança já estava morta há mais de uma hora, e avisou a polícia. “Em cinco anos de medicina, eu nunca vi isso. Nunca imaginei passar por isso, principalmente dois dias depois de completar dois anos do caso Henry Borel. A gente não trabalha esperando lidar com uma agressão, com uma morte por espancamento, por abuso sexual. A gente trabalha esperando cura de doenças”, conta a médica, Ana Cláudia Regente.
Em depoimento à polícia, a mãe biológica de Quênia Gabriela disse que o ex-companheiro tomou a criança à força, quando a menina tinha apenas três meses de vida, fato que foi confirmado pela madrasta. Segundo ela, o pai passou a criar a filha para não ter que pagar pensão alimentícia.
O avô paterno culpou a madrasta pelo crime. “A madrasta sim, mas ele não. Ela quebrou o meu dedo. Você nunca imagina que isso ia acontecer na sua família”, diz Antônio Marcos Lima.
A creche frequentada por Quênia também será investigada por não ter avisado a polícia sobre os maus-tratos.
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