Padre é preso após abusar adolescentes, forçar abortos e enterrar feto

A Polícia Civil está investigando a suspeita de crimes sexuais cometidos por um padre do município de Coari, no Amazonas. No último domingo (18), o pároco Paulo Araújo da Silva, de 31 anos, foi preso.

Segundo informações do UOL, no computador pessoal do padre havia mais de 260 vídeos com cenas de sexo, que estão sendo analisadas pelas autoridades. Ele ainda é suspeito de ameaçar e de obrigar uma adolescente que engravidou a praticar aborto, enterrando o feto após o ato no quintal da casa de um amigo.

Segundo a polícia, o padre está sendo investigado pela suposta prática dos crimes de filmar e produzir cenas de sexo explícito com adolescente, exploração sexual, aborto e ameaça.

A Diocese de Coari, emitiu nota sobre o caso:

“A Diocese de Coari manifesta sua solidariedade às vítimas e a suas famílias, colocando-se prontamente disponível para acompanhar a ajudar na superação dos traumas provocados pelos abusos cometidos pelo Padre Paulo Araújo da Silva.

A diocese se coloca em total disponibilidade para colaborar com as autoridades civis a fim de que se esclareçam os fatos.

Ao povo de Deus na Diocese de Coari, convidamos a voltar-nos para o Senhor. Implorando seu perdão diante do grave crime que atenta contra a dignidade humana e escandaliza a fé dos pequenos.”

A Diocese ainda afirma que já tomou todas as medidas “canônicas” necessárias.

Início das investigações e fatos

Segundo o delegado-adjunto da Polícia Civil do Amazonas, Guilherme Torres, a operação foi deflagrada após ordem de mandado de busca e apreensão e de prisão contra o padre. “Até agora, nós temos quatro vítimas ouvidas. São crimes graves”, cita ele.

As jovens envolvidas no caso citam que o padre pedia para que as relações sexuais fossem “em conjunto” com outras amigas.

As investigações começaram em 2023 após uma denúncia anônima pelo Disque 100. A denúncia foi feita por uma adolescente de 17 anos e teria sido vítima de exploração e ameaças do padre nos últimos três anos.

O delegado José Barradas diz: “Ela citou vários tipos de crimes: gravação de vídeos envolvendo menores, aborto, ameaça, violência doméstica. Em depoimento, essa menor narrou que desde os 14 anos tinha relação sexual com o padre.”

A adolescente citou que, no ano passado, engravidou do padre, e ele o obrigou a abortar. O crime ocorreu com a participação de um amigo do padre, que levou um medicamento, e ela foi obrigada a ingerir. Esse amigo, identificado como Francisco Rayner, está sendo procurado.

Ela abortou, o feto foi expelido, e no quintal da casa do Francisco [amigo do padre], o padre enterrou o feto. O fato foi constatado tanto por votos, como pelo depoimento da vítima, disse o delegado.

Além do computador apreendido, o padre tinha R$ 30 mil em casa, dinheiro este que foi apreendido.

Ainda segundo o portal, no momento do cumprimento do mandado de prisão, o padre estava tendo relações sexuais com uma jovem que tinha completado 18 anos recentemente.

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