Operação apreende R$202 mil em pagamentos ilegais de horas extras no Samae de Blumanau
Constatou-se que houve uma elevação no pagamento das rubricas das "horas extras" e "sobreaviso" nos meses de pandemia.
• Atualizado
A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em Blumenau no endereço de suspeitos envolvidos no pagamento ilegal de horas extras para funcionários de uma empresa pública, nesta quinta-feira (10). A operação “Soldado Inflado” envolve funcionários do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) de Blumenau. Durante as buscas foram apreendidos cerca de R$ 202 mil na operação.
De acordo com o Delegado de Polícia Lucas Almeida, a investigação apurou suspeita de crimes de peculato e falsidade ideológica. Bem como, constatou-se que houve uma elevação no pagamento das rubricas das “horas extras” e “sobreaviso” nos meses de pandemia. Período em que, em geral, parte dos funcionários trabalhou em home office.
“Investigou-se a noticia de que pagamentos do sobreaviso eram pagos em período acima do permitido legalmente. Inclusive em meses de férias, e de que parte dos valores pagos a alguns funcionários eram dados a um ex-diretor para financiar ilegalmente a sua campanha eleitoral”, afirmou o Delegado.
Conforme a nota publicada pelo Samae, após tomar conhecimento sobre a investigação, o prefeito Mário Hildebrandt determinou à Controladoria Geral do Município e Transparência a instauração de uma auditoria. Além disso, Michael Schneider, presidente do Samae, irá solicitar a abertura de uma sindicância para apurar os fatos.
A investigação ocorre durante a semana do dia internacional contra a corrupção, celebrado nessa quarta-feira (9). A operação foi realizada pela 4ª Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (DECOR) de Blumenau, com apoio da DECOR-DEIC, Delegacia de Polícia de Gaspar, DCPAMI de Blumenau e 1ª DP de Blumenau.
Nota oficial do Samae
O Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) esclarece que tomou conhecimento pela imprensa da investigação realizada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira, dia 10.
Diante dos fatos, o prefeito Mário Hildebrandt determinou à Controladoria Geral do Município e Transparência a imediata instauração de uma auditoria na autarquia. O processo visa avaliar se os procedimentos adotados estão em conformidade.
Paralelamente, o presidente do Samae, Michael Schneider, informou que vai solicitar a abertura de uma sindicância para apurar os fatos. Vale ressaltar que o Samae possui autonomia administrativa e financeira para realização das atividades institucionais de saneamento básico.
Schneider também vai solicitar à Polícia Civil o inquérito instaurado para ter ciência dos detalhes da apuração, visando auxiliar na auditoria. Os servidores citados na operação serão afastados das funções até o fim das investigações.
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