Oito adolescentes são apreendidos por suspeita de estupro coletivo contra três meninas
Vítimas e agressões têm entre 12 e 17 anos e são alunos da mesma escola
• Atualizado
A Polícia Civil investiga 8 adolescentes suspeitos de cometer pelo menos 3 estupros coletivos e divulgar as imagens nas redes sociais. Vítimas e agressores têm entre 12 e 17 anos e são todos alunos da mesma escola, na Zona Leste de São Paulo.
Veja a reportagem
As 3 meninas abusadas relatam histórias parecidas. A mãe de uma delas diz que a filha concordou em faltar à aula, para ir à casa de um dos garotos. “Quando chegou na casa onde ela foi dar um beijo no moleque, ela falou que foi até o banheiro, e quando voltou, ela foi tomar a água dela que estava na bolsa, normal. Ele chamou ela para ir para o quarto, e ela diz que não se recorda de mais nada, só flashes”, relata a mãe, que teve a identidade protegida.
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Segundo a polícia, os suspeitos agiam da mesma forma com todas as vítimas. “Quando chegava lá, ele chamava outros garotos, então era aquele estupro coletivo. Em uma casa de um dos menores, nós encontramos drogas, em outra casa, nós encontramos remédios, tudo isso vai para análise, para ver se esses remédios têm efeito de dopar”, explica o delegado responsável pelo caso Valdecir Aparecido do Nascimento.
Os episódios viraram caso de polícia depois que vídeos dos adolescentes, durante as relações sexuais com as meninas, viralizaram nas redes sociais. Os pais das vítimas denunciaram os garotos que, na delegacia, alegaram que os atos foram consentidos.
O delegado lembra que manter relações sexuais com menores de 14 anos, com ou sem consentimento, é crime. “Da divulgação dos vídeos pornô, estupro de vulnerável, entendeu, esse é o ato infracional dos menores”, acrescenta Valdecir Aparecido.
Os 8 garotos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de corpo de delito e seguiram para a audiência com o juiz. Eles serão encaminhados a unidades da Fundação Casa.
O advogado de um dos adolescentes nega a participação de um deles no estupro. “É constrangedor, eu concordo, pegar três meninos juntos com uma menina dentro de uma casa. Mas, não teve nenhum ato que viesse a ocorrer um crime de estupro, como está em outros vídeos, que infelizmente, ocorreram”, afirma o advogado Milton Nunes Júnior.
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