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UM PLANO QUASE PERFEITO

O que se sabe sobre o caso do empresário que forjou a própria morte em SC

Homem simulou assassinato com corpo carbonizado, jogou dedo e dentes na casa da namorada e acabou preso em operação da Polícia Civil

• Atualizado

Olga Helena de Paula

Por Olga Helena de Paula

Foto: Polícia Civil/Divulgação.
Foto: Polícia Civil/Divulgação.

A Polícia Civil de Santa Catarina desvendou uma trama digna de um roteiro de cinema: um empresário forjou a própria morte, lançou parte de um dedo e dois dentes na casa da namorada e tentou convencer a todos de que havia sido brutalmente assassinado. O plano, no entanto, desmoronou com a investigação das autoridades, que prenderam os envolvidos na manhã desta quarta-feira (28), durante a Operação Anástase.

O início da farsa: corpo carbonizado e suposto crime

No dia 15 de fevereiro, um corpo carbonizado foi encontrado dentro de um veículo em São Cristóvão do Sul (SC). Inicialmente, acreditava-se que se tratava do empresário, que possuía pendências trabalhistas e estava envolvido em golpes relacionados à venda de placas solares, acumulando prejuízos superiores a R$ 330 mil. A hipótese inicial era de que ele teria sido assassinado como forma de vingança.

O que se sabe sobre o caso do empresário que forjou a própria morte em SC
Foto: Polícia Civil/Divulgação.

A reviravolta: dedo e dentes no quintal da namorada

Cinco dias depois, no dia 20 de fevereiro, a Delegacia de Homicídios de Blumenau recebeu um chamado inusitado: a namorada do suposto falecido encontrou, no quintal de sua casa, um dedo humano e dois dentes. No dia seguinte, ela começou a receber ameaças por telefone.

Os criminosos enviaram um vídeo perturbador: um homem sendo espancado e depois queimado dentro de pneus. Alegavam que esse era o empresário e que o dedo e os dentes serviam como prova do crime. O agressor ainda ordenava que a mulher ficasse de luto por um tempo.

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Foto: Polícia Civil/Divulgação.

Descoberta: o empresário estava vivo e aplicando um golpe

A troca de informações entre as unidades policiais revelou a verdade: o empresário nunca morreu. Ele armou a encenação para enganar funcionários, clientes e seguradoras, pois havia feito um seguro de vida e veicular. O corpo carbonizado, na realidade, pertencia a um morador de rua da região de Curitibanos, cuja identidade ainda aguarda confirmação por exame de DNA.

Exposição da namorada e prisão dos envolvidos

Além do golpe, a namorada do empresário teve sua privacidade violada: vídeos íntimos dela foram divulgados entre familiares e colegas de trabalho, materiais que estavam sob posse do suspeito.

Com todas as provas reunidas, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do empresário e de um cúmplice. As detenções ocorreram no bairro São Paulo, em Navegantes. Durante a abordagem, os dois confessaram o crime e admitiram que a intenção era escapar das dívidas e problemas financeiros.

Investigação continua

Agora, as autoridades seguem aprofundando as investigações para esclarecer todos os detalhes do caso e responsabilizar os envolvidos. O caso segue sendo tratado como uma tentativa de fraude e ocultação de cadáver, com possíveis novos desdobramentos à medida que novas evidências forem analisadas.

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