MPSC denuncia homem que confessou ter matado uma família e incendiado a casa
O crime foi desvendado a partir de provas periciais, que comprovaram que as mortes foram causadas por hemorragia.
• Atualizado
A Promotoria de Justiça de São Domingos denunciou o homem que confessou ter matado um homem, uma mulher e duas crianças – o filho e a filha do casal -, incendiando os corpos e a casa da família para simular mortes acidentais. O crime ocorreu na madrugada de 8 de maio deste ano. A denúncia já foi aceita pelo Juízo da Comarca de São Domingos e pede que o réu, atualmente cumprindo prisão preventiva, seja julgado pelo Tribunal do Júri por quatro homicídios duplamente qualificado, além de incêndio em casa habitada e destruição de cadáveres.
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Na ação penal pública, o Promotor de Justiça Michel Eduardo Stechinski demonstra como o réu teria se aproveitado da sua intimidade com a família e utilizado de meios cruéis e de recursos que dificultaram a defesa das vítimas para matar as quatro pessoas da família com golpes violentos de faca, atacando-as de surpresa: Raquel Alves, de 31 anos, Neocir Rodigheri, de 34 anos, e os filhos do casal Maria e João Rodigheri, de 10 e 11 anos, respectivamente.
O homem teria concentrado os golpes principalmente nos pescoços das vítimas “provocando profundos e extensos ferimentos, especificamente na região cervical, que ocasionou ‘hemorragia aguda’, causando excessivo sofrimento, contrastando com o mais elementar sentimento de piedade”, ressalta o Promotor de Justiça na ação penal.
Além disso, como os filhos do casal contavam com apenas 11 e 10 anos de idade, portanto eram menores de 14 anos, em caso de condenação, a denúncia pede que a pena seja aumentada conforme o previsto no artigo 121 do Código Penal.
A ação penal também descreve como o denunciado, após o crime, teria ateado fogo nos corpos e na casa das vítimas na tentativa de esconder os crimes, simulando um incêndio acidental como causa das mortes.
O crime foi desvendado a partir de provas periciais, que comprovaram que as mortes foram causadas por hemorragia provocada por golpes de um objeto cortante e não pelo fogo, e por depoimentos de testemunhas que contrariaram a versão do autor dos crimes sobre os álibis que ele apresentou para alegar que não estava na casa no momento dos homicídios.
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