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Homicídio

Morte por vingança: vai a júri o último acusado de assassinar menina de cinco anos em Tubarão

Os crimes ocorreram em maio de 2014, e outros três denunciados que atuaram com Cleiton já foram condenados.

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Pixabay/ Reprodução/ Banco de Imagens
Foto: Pixabay/ Reprodução/ Banco de Imagens

O último dos denunciados pela morte de uma menina em uma emboscada motivada por vingança e disputa pelo tráfico local no Morro do Caeté/Caixa em Tubarão, em maio de 2014, será julgado pelo Tribunal do Júri no dia 27 de janeiro. Cleiton Stanck Silveira é réu em ação penal pública pelo homicídio qualificado da criança – que tinha 5 anos quando foi assassinada – e por três tentativas de homicídio qualificado praticadas contra o adolescente e duas mulheres que estavam no carro alvejado durante o atentado. Na mesma ação penal ele também responde por corrupção de menor. 

Os crimes ocorreram em maio de 2014, e outros três denunciados que atuaram com Cleiton já foram condenados. Cleiton foi processado depois deles e só será julgado agora por ter conseguido fugir e se manter foragido por aproximadamente cinco anos. 

A morte da menina causou revolta na opinião pública de Tubarão, à época, pois os acusados alvejaram o veículo onde estava o adolescente que pretendiam matar, sabendo que havia outras pessoas com ele no veículo, inclusive a criança, que era filha de uma das passageiras e do suposto chefe do grupo rival, que não estava com as vítimas. 

Cleiton planejou a morte do adolescente e a emboscada para cometer o crime motivado pela vingança. Para atrair a vítima, ele persuadiu uma outra adolescente a criar um perfil falso em uma rede social se passando por uma garota que estaria interessada na vítima. O adolescente seria morto para que Cleiton demonstrasse poder e se vingasse pela morte de um outro integrante de seu grupo que teria sido assassinado pela facção rival, comandada pelo pai da menina.

O adolescente acreditou que a garota era real e marcou um encontro com ela. A emboscada estava correndo como Cleiton e o seu grupo imaginavam. No local do encontro, porém, o adolescente chegou acompanhado. Mesmo assim, os autores da armadilha não recuaram e, segundo as apurações, ainda teriam decidido que seguiriam com o plano e matariam os demais ocupantes do carro.

O veículo foi alvejado pelo menos sete vezes. O adolescente foi atingido por dois tiros, mas sobreviveu. A menina foi atingida também por dois disparos, mas um dos projéteis acertou a sua cabeça e ela morreu na hora.

Cleiton e os demais comparsas foram denunciados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e emboscada) e três tentativas de homicídio, com as mesmas qualificadoras, além de corrupção de menor, por terem utilizado outra adolescente para ajudá-los nos crimes – três foram condenados por todos os crimes.

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