‘Mesmo ferido, continuava trabalhando pra comer’, diz trabalhador resgatado
Esse é o segundo resgate ocorrido na safra da uva em menos de uma semana
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Nove trabalhadores foram resgatados de condições análogas à escravidão em uma propriedade rural em Flores da Cunha, na Serra Gaúcha. O caso aconteceu no domingo (2) e foi divulgado nesta terça-feira (4). Um dos trabalhadores chegou a relatar que mesmo ferido, continuava trabalhando para poder comer.
Segundo informações, os trabalhadores estavam alojados em uma casa de madeira precária. Os homens, na maioria argentinos, tem entre 19 e 29 anos e estavam trabalhando na colheita de uva.
Jornada exaustiva e salários atrasados
Nos relatos, os trabalhadores dizem que perceberam que o valor pago por quilo da uva colhida era muito inferior ao combinado, mesmo cumprindo jornadas exaustivas de 12 horas diárias. Segundo eles, o pagamento deveria ser feito aos sábados, porém, atrasou cerca de duas semanas.
‘Mesmo ferido, continuava trabalhando pra comer’
Um dos trabalhadores relatou que a alimentação era fornecida somente se houvesse trabalho: “mesmo ferido, eu continuava trabalhadndo para não ficar sem comida”.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) notificou o empregador a efetuar o pagamento das verbas salariais e rescisórias. Já a Secretaria de Assistência Social de Flores da Cunha providenciou alojamento para os resgatados.
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