Médico de Itajaí teria tirado a vida de oito pacientes de forma cruel, diz a polícia
De acordo com o delegado responsável pelo caso, o médico utilizava Rocurônio, um bloqueador neuromuscular e retirava a respiração mecânica do paciente.
• Atualizado
O médico Gustavo Deboni, indiciado pela morte de oito pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, está sendo acusado de homicídio qualificado. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Sérgio Souza, para abreviar a vida dos pacientes o médico utilizava Rocurônio, um bloqueador neuromuscular. Além da medicação, retirava a respiração mecânica de pacientes que dependiam dela para sobreviver.
O delegado caracterizou os crimes como cruel, uma vez que as vítimas estavam conscientes durante todo o processo. Ainda de acordo com o Souza, o médico escolhia os pacientes por serem casos graves e de difícil recuperação, e assim otimizar as vagas de UTI do Hospital.
Perícias realizadas pelo Instituto Geral de Perícia (IGP) e pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) confirmaram a realização dos procedimentos que ocasionaram as mortes entre 2017 e 2019.
O médico foi indiciado pela Divisão de Investigação Criminal por homicídios qualificados por meio cruel e sua prisão preventiva foi solicitada. O inquérito está agora no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Em nota, a promotoria responsável por analisar o processo informou:
“No dia 6 de maio, o Ministério Público recebeu o inquérito policial referente ao caso, supostamente concluído, o qual ainda está sob análise do Promotor de Justiça, por se tratar de fatos complexos, que demandam minuciosa análise de diversos prontuários médicos e das perícias juntadas até o momento.”
Defesa do médico afirma que acusação é equivocada
A defesa do médico Gustavo Deboni afirmou que ficará provado no curso dos processos que trata-se de “equivocada acusação” e afirmou que ainda que “ninguém pode ser considerado culpado antes da decisão final de um processo”.
Confira a nota da defesa na íntegra
- Ficará provado no curso dos processos que trata-se de equivocada acusação;
- O promotor de justiça desconsiderou a avaliação pericial técnica feita pelo instituto Geral de Perícia que é um órgão público estadual de medicina legal isento;
- O próprio CFM, reconheceu a ilegalidade e falta de veracidade das acusações e restituiu ao médico Gustavo o direito de exercer a medicina;
- Ninguém pode ser considerado culpado antes da decisão final de um processo;
- Está ao dispor da Justiça para esclarecer essa falsa “teoria conspiratória” deflagrada por interesses escusos.
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