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Apreensão

Maior apreensão de agrotóxico ilegal da história é feita em porto de SC

Um contêiner com cerca de 20 mil litros do agrotóxico ilegal foi encontrado no porto de Itapoá

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Receita Federal / Reprodução
Foto: Receita Federal / Reprodução

A Receita Federal (RF) apreendeu na manhã desta quinta-feira (4), um contêiner com cerca de 20 mil litros do herbicida Paraquat no porto de Itapoá, em Santa Catarina. O produto estava escondido junto a uma carga declarada como sendo de sulfato de alumínio, um composto químico utilizado para o tratamento de água em piscinas.

Conforme a Receita, a carga foi enviada pela mesma empresa que havia tentado introduzir ilegalmente outros dois contêineres de agrotóxicos proibidos no início de julho. No total, foram apreendidas cerca de 60 toneladas de produtos ilícitos, configurando a maior apreensão de agrotóxicos ilegais da história do órgão.

O valor total da apreensão dos três contêineres é de cerca de R$ 2,7 milhões. As mercadorias foram enviadas da China para uma mesma empresa importadora de Joinville. A Receita Federal abriu um procedimento de investigação para verificar quem seriam os possíveis compradores da carga. Os responsáveis serão alvo de representação ao Ministério Público Federal pelos crimes de contrabando e organização criminosa.

A ação contou com a participação de servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que constataram com o uso de equipamentos especializados a composição química dos agrotóxicos ilegais. A Polícia Rodoviária Federal e a Força Tarefa de Segurança Pública do Mato Grosso também colaboraram com informações que levaram as apreensões realizadas em julho.

Segundo a RF, Paraquat tem um dos maiores valores de toxicidade aguda entre os herbicidas comerciais. Sua dosagem letal oral (LD50) em humanos é de cerca de 3 mg/kg. O Paraquat pode resultar em toxicidade agudamente grave para todos os órgãos e resultar em morte dentro de 24 horas após a ingestão, não existindo antídoto eficaz. O banimento do produto no Brasil foi determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2017.

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