Mãe de homem morto pela PM revela pedido do filho em oração: “Tome conta da minha vida”
A mãe da vítima chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que acionou a polícia militar para auxiliar o socorro
• Atualizado
Um homem com esquizofrenia foi morto pela Polícia Militar (PM), em Diadema (SP), na madrugada da última quinta (15), durante um surto psicótico. Em oração escrita a mão, a vítima, 35 anos, pediu para que Deus cuidasse da sua vida. As informações são do Metrópoles.
“Ele escreveu num papel que está comigo uma oração pedindo a Deus que ajudasse ele, que ajudasse ele a superar e parar com as crises. E foi isso que aconteceu”, relata a mãe da vítima.
A mãe conta que o filho recebeu o diagnóstico de esquizofrenia paranoide aos 18 anos. Desde então, ele fazia tratamento para a doença.
Além disso, um atestado aponta que Denner sofria de um quadro crônico e incapacitante, não tinha previsão de alta e, por isso, estava inapto para trabalhar. No entanto, o homem fazia curso e treinava musculação. Segundo a mãe de Denner, o filho tinha uma ótima relação com os sobrinhos, bem como com todos os conhecidos.
“Todos choraram porque meu filho era muito querido. Todo mundo que conhecia adorava meu filho”, diz.
Assassinado na frente da mãe
Denner estava na casa de familiares quando teve um surto psicótico. Como ele estava muito agitado, a mãe chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que acionou a polícia militar para auxiliar o socorro.
De acordo com o boletim de ocorrência, o homem ameaçou os socorristas com uma faca de cozinha. Em reação, os policiais militares dispararam cinco tiros contra a vítima.
Conforme informações do Metrópoles, a ocorrência foi registrada como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial. A polícia alegou que os policiais agiram em legítima defesa de terceiros, e que Denner praticou tentativa de homicídio contra os socorristas.
A mãe, que testemunhou a cena, contou ao Metrópoles que o filho estava de costas quando foi baleado.
“Meu filho estava de costas e estão alegando que foi legítima defesa. Legítima defesa de ter um doente [com] uma faquinha de cozinha. Por que não atiraram nas pernas do meu filho? Por que não deram choque nele?”, indaga a mãe.
*Com informações do Metrópoles
Estagiária sob supervisão.
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