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Desdobramentos

Juíza determina interdição e reforma de ala afetada por incêndio na Penitenciária da Capital

Incêndio atingiu cela 22 da Ala de Adaptação do local e vitimou três detentos

• Atualizado

Redação

Por Redação

Foto: Ricardo Wolffenbüttel/SECOM
Foto: Ricardo Wolffenbüttel/SECOM

A Juíza Corregedora da Vara de Execuções Penais da Comarca da Capital, Paula Botke Silva, informou que interditou a Ala de Adaptação da Penitenciária de Florianópolis na última quinta-feira (16). Além disso, determinou também que o local passe por uma reforma.

“Na quinta-feira interditei completamente a Ala de Adaptação e determinei a reforma completa, por meio da Portaria VEP 04/23”, explicou Paula.

No dia 15 de fevereiro, um incêndio atingiu a cela 22 da ala de adaptação da Penitenciária da Capital. Na ocasião, três detentos acabaram perdendo a vida: Danilo Barros, Robson da Silva e Jeberson de Souza Bezerra. As chamas teriam iniciado em um colchão do local.

As causas do incêndio estão sendo apuradas por peritos dos Bombeiros Militares, com o suporte da Polícia Científica. Resultado deve ser divulgado em até 30 dias.

Detentos mortos em incêndio na Penitenciária de Florianópolis eram LGBTQIA+, diz SAP

Após o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedir, na última quinta-feira (16), ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) a confirmação de que o incêndio teria atingido a ala onde fica custodiada a população LGBTQIA+, a Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP) confirmou a informação na sexta-feira (17).

Além disso, na nota, a SAP afirma que os três detentos que morreram no incêndio seriam realocados na quinta-feira (16), para a galeria de LGBTQIA+. Confira na íntegra o documento:

“A ala onde aconteceu o incêndio é uma ala de adaptação, área temporária para realocação dos detentos em suas determinadas alas posteriores. No caso dos três que morreram na cela, todos eram LGBTQIA+, que seriam realocados no dia 16 para a galera de LGBTQIA+. A ala de adaptação serve como uma espécie de “triagem temporária”. Os reclusos da cela 22, local onde aconteceu o incêndio, estavam alocados juntos por terem solicitado o mesmo convívio.”

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