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Jovem preso injustamente morre no dia que seria solto; entenda

Ele estava detido há um ano e morreu horas antes do presídio receber o alvará de soltura; o caso ocorreu em Tocantins

• Atualizado

SBT News

Por SBT News

Imagem ilustrativa | Foto: Cottonbro/ Pexels/Banco de Imagens.
Imagem ilustrativa | Foto: Cottonbro/ Pexels/Banco de Imagens.

Um jovem de 22 anos que estava detido provisoriamente há um ano na Unidade Penal Regional de Palmas (UPP), em Tocantins, morreu no dia em que recebeu o alvará de soltura. Brinner de César Bitencourt foi preso em outubro do ano passado, acusado de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas. Ele sublocava um quarto em uma residência onde moravam dois rapazes que confessaram envolvimento com entorpecentes, mas disseram que o jovem era inocente. Ainda sim, ele foi levado sob custódia. 

Segundo a Secretaria da Cidadania e Justiça do Tocantins (Seciju), Brinner morreu na madrugada de segunda-feira (10), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da região Sul de Palmas, para onde foi levado, na noite de domingo (09), após passar mal. Ainda de acordo com a Seciju, Brener apresentou dores e queixas no corpo nos 15 dias anteriores a sua morte, sendo acompanhado pela equipe de saúde em diversas consultas e também encaminhado para atendimento especializado em unidades de saúde, porém sem receber qualquer diagnóstico.

A Seciju relatou em nota, que horas antes de ser hospitalizado, Brinner já havia manifestado o mal-estar e foi avaliado pela equipe de saúde plantonista que verificou a necessidade de um atendimento de socorro especializado, mas, após avaliação da equipe do SAMU, foi medicado e ficou sob observação da própria equipe da UPP. Horas mais tarde, o jovem voltou a passar mal, e só então encaminhado à UPA Sul, onde teve a morte declarada após algumas horas, às 4h30 de 2ªfeira. 

Às 15h40 do mesmo dia, a Central de Alvarás de Soltura da Polícia Penal do Tocantins recebeu o pedido de liberdade de Brinner. A Seciju informou o falecimento ao Judiciário e a família. Na nota, a secretaria também afirma que disponibilizou assistência no funeral, “com os custos, e todo o suporte prestado pela Seciju quanto ao velório, cumprindo assim, todos os protocolos executados em caso de óbitos de custodiados.”

A família, no entanto, pede respostas. Segundo a irmã de Brinner, Beatriz Sampaio, eles não foram comunicados sobre a deterioração da saúde do jovem, sendo informados apenas no dia do falecimento. Eles pedem esclarecimentos sobre as circustâncias da morte e se Brinner recebeu ou não o atendimento médico devido. 

Em nota, a Seciju informou que não avisou a família por questões de sigilo médico e que o laudo com a causa da morte ainda não foi emitido e informado à Unidade Penal.

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