Interpol inclui Carla Zambelli na lista de difusão vermelha após condenação no STF
Deputada federal deixou o Brasil após ser sentenciada a 10 anos de prisão por invasão de sistemas do CNJ
• Atualizado
A Interpol incluiu, nesta quinta-feira (5), o nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha, que permite a prisão de procurados no exterior. A solicitação partiu da Polícia Federal (PF), com base em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do SBT News.
De acordo com a reportagem, os Estados Unidos já foram notificados da presença de Zambelli em território americano. Há expectativa de que a deputada tente solicitar refúgio no país sob alegação de perseguição política. Caso ela se desloque para a Itália, onde também possui cidadania, o governo brasileiro pode pedir sua extradição.
A decisão da Interpol destaca que, em 2022, Zambelli teria ordenado ao hacker Walter Delgatti Neto que invadisse os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para criar a falsa impressão de que o Judiciário brasileiro apresentava vulnerabilidades.
Em 2023, segundo as investigações, o hacker voltou a agir sob comando da parlamentar, inserindo um falso mandado de prisão contra um ministro do STF na base de dados oficial usada para cadastrar pessoas procuradas pela Justiça.
A inclusão na lista internacional ocorre após a deputada deixar o Brasil. Em maio, o STF condenou Zambelli a 10 anos de prisão e determinou a perda de seu mandato por envolvimento direto nas invasões ao CNJ.
Pelas redes sociais, a parlamentar afirmou que permanecerá na Europa, onde tem cidadania, e que pretende “denunciar a ditadura” que, segundo ela, estaria em curso no Brasil. Ela também informou que pedirá licença não remunerada da Câmara, a exemplo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos.
*Com informações do SBT News.
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