Integrantes de facção são condenados por homicídio com requintes de extrema crueldade
Cinco homens torturaram, amordaçaram, deram socos, chutes e asfixiaram um homem com um fio
• Atualizado
No último júri popular ocorrido na comarca de Caçador neste ano, quatro integrantes de organização criminosa foram condenados, juntos, a 85 anos de reclusão pelo crime de homicídio triplamente qualificado – por motivo torpe, dissimulação e emprego de tortura e fogo.
A sessão, presidida pelo juiz André da Silva Silveira, foi realizada na sede da Câmara de Vereadores, com segurança reforçada e cumprimento de todas as recomendações sanitárias contra a Covid. A leitura da sentença foi feita quase 15 horas depois de iniciados os trabalhos, na última quinta-feira (3/12).
Conforme a denúncia do Ministério Público, no dia 6 de dezembro de 2018, a vítima foi atraída para a casa de um dos acusados. Lá, cinco homens torturaram, amordaçaram, deram socos, chutes e asfixiaram o homem com um fio. Ele sofreu diversos ferimentos e fraturas em todos os ossos da face. Depois, o grupo enrolou a vítima num colchão, seguiu até uma estrada no interior do município e lá ateou fogo no corpo. Eles seriam integrantes de facções criminosas rivais.
Um dos homens foi condenado a 28 anos de reclusão; outro, a 23 anos. Os demais réus receberam a condenação de 20 e 14 anos de reclusão. Todos devem cumprir as penas em regime inicial fechado. O juízo negou a eles o direito de recorrer da decisão em liberdade. Os jurados absolveram o quinto acusado.
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