Homem teve um infarto em alto mar e o resgate foi feito pelo Corpo de Bombeiros
Condições do mar dificultaram resgate do corpo de pescador, que precisou ser jogado no mar
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O pescador Maurino Reduzino Hipólito, de 53 anos e natural de Tijucas, enfartou e faleceu na manhã deste domingo (6), em alto-mar. O resgate foi realizado pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, com apoio do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul. A cena foi gravada a pedido dos Bombeiros e acabou sendo publicada indevidamente nas redes sociais. No vídeo é possível observar os tripulantes posicionando uma boia amarrada a uma corda no corpo do pescador e depois colocando-o no mar. Após o corpo estar na água, os Bombeiros o puxaram até o Jet Sky em que estavam.
Segundo informações do Capitão Marcolim, Comandante da 3ª/4ºBBM de Araranguá, a equipe de resgate tentou durante cerca de meia hora acessar o barco, contudo, as “ondulações de quase dois metros de altura não possibilitaram”. “Nós não conseguimos fazer a atracagem, após isso passamos o colete e pedimos auxílio aos pescadores. Não é o padrão institucional, porém, as condições estavam muito complicadas, tanto que a embarcação não conseguia sair e entrar no rio na Barra de Passos de Torres. A resolução da ocorrência foi bem complicada.”, afirmou o capitão.
Segundo nota emitida pelo Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região (SINDIPI), ao comunicar a Marinha sobre a ocorrência, o armador e o mestre da embarcação solicitaram retornar à Itajaí em uma viagem que duraria 40 horas. Contudo, foram instruídos a se aproximarem da cidade de Passos de Torres, no Rio Grande do Sul, onde o Corpo de Bombeiros realizaria o resgate.
Declaração SINDIPI
“Na manhã de hoje, 7 de dezembro, a equipe do SINDIPI recebeu via WhatsApp um vídeo que mostra cenas do resgate de um pescador que infelizmente veio a óbito durante uma operação de pesca no estado do Rio Grande do Sul. Sentimos muito pela família do mesmo, que teve acesso a essas imagens e deixamos claro que não compactuamos com a divulgação das mesmas, que, segundo relatos do mestre da embarcação, foram feitas a pedido do Corpo de Bombeiros.
Todos os pescadores profissionais recebem da Marinha do Brasil cursos de primeiros socorros, para que possam oferecer auxilio em casos de acidentes ou mal-estar a bordo. Nem sempre é possível voltar à terra ou receber auxílio médico imediatamente quando se está em uma operação de pesca. Neste caso, o mestre da embarcação entrou em contato com a Marinha, que deu ordens para que os mesmos se dirigissem o mais próximo possível de Passos de Torres e que os mesmos esperassem os Bombeiros, que chegariam com mais rapidez do que se o barco se deslocasse para outro Porto. Tanto o armador da embarcação, quanto o mestre, pediram para voltar a Itajaí (o que levaria um tempo estimado de 40 horas), diante da negativa, respeitaram as ordens da Marinha do Brasil e esperaram que os Bombeiros fizessem o resgate.
A diretoria e equipe do SINDIPI lamentam o ocorrido e oferecem seus mais profundos sentimentos os familiares e amigos do falecido.”
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