Homem que estuprou a irmã durante dez anos é condenado pela Justiça
Os abusos ocorriam quando os pais adotivos da jovem saíam para trabalhar e ela permanecia com o irmão mais velho em casa.
• Atualizado
Um homem teve a condenação mantida com pena de 15 anos de reclusão em regime fechado, por estuprar a própria irmã.
A defesa do acusado pediu revisão do processo alegando ausência de provas, uma vez que a vítima teria reproduzido “falsas memórias” sobre a situação. Também argumentou que a vítima atualmente responde a acusação de calúnia, movida por um vizinho, por quem também diz ter sofrido abuso sexual.
A Justiça de Santa Catarina decidiu, não conhecer o pedido. A desembargadora Salete Silva Sommariva contestou a utilização de um processo que sequer possui sentença condenatória para promover alteração no entendimento judicial já adotado.
“Além do que a ocorrência em tela não serve para derruir as circunstâncias e desdobramentos do crime sexual vivenciado pela ofendida nos presentes autos, não havendo relação com o que restou apurado em sede indiciária e na esfera judicial, tudo ratificada pelo colegiado no julgamento do apelo”, registrou.
Os abusos ocorriam quando os pais adotivos da jovem saíam para trabalhar e ela permanecia com o irmão mais velho em casa. A vítima contou em seu depoimento que foi violentada dos seus nove aos 19 anos pelo irmão e que não tinha coragem em denunciá-lo por ele ser forte e violento.
A descoberta do estupro aconteceu quando os pais da vítima a levaram para acompanhamento com o psiquiatra, pois acreditavam que sua tristeza estava relacionada a adoção. O médico, depois de ouvir o relato da adolescente, conversou com os responsáveis, que imediatamente tomaram as medidas cabíveis. O acusado assumiu o crime através de uma mensagem enviada ao celular da irmã onde pedia perdão pelos traumas causados tanto nela, quanto à família.
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