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tentativa de feminicídio

Homem acusado de desferir 23 facadas na ex-companheira em SC vai a júri popular

Ex-marido, inconformado com o fim do relacionamento, atacou a mulher com uma faca de churrasco

• Atualizado

Redação

Por Redação

Imagem ilustrativa/ Foto: Pixabay
Imagem ilustrativa/ Foto: Pixabay

A comarca de Concórdia realizará, na próxima terça-feira (27), sessão do Tribunal do Júri para julgar um homem acusado de tentativa de feminicídio contra sua ex-companheira, após desferir 23 facadas na vítima. Inconformado com o fim do relacionamento, o ex-marido aguardou que a mulher deixasse um restaurante no centro da cidade, pouco depois das 22 horas do dia 4 de fevereiro do ano passado, para ataca-la na rua com uma faca de churrasco.

Com ferimentos na cabeça, costas, seios, abdômen e braços, ela ficou 18 dias internada em hospital, nove deles em coma, passou por três cirurgias e até hoje sofre com debilidade permanente na mão direita. O acusado está preso desde então e o julgamento do crime, no próximo dia 27, terá início às 9h.

Um estudo recente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que uma em cada quatro mulheres sofreu algum tipo de violência no último ano. Essa triste realidade motivou a vítima do Oeste a fundar uma associação para ajudar outras mulheres a enfrentar e se livrar da situação.

“A ideia é fazer eventos e palestras motivacionais, apoio entre mulheres, ajudar, entender, ouvi-las, encorajá-las, aplicar capacitação, treinamentos voltados à parte financeira. Possuímos advogada para orientações, palestras em escolas”, conta. Em função da pandemia de Covid-19, os atendimentos têm acontecido virtualmente pelo WhatsApp (49) 9 9999 1349. A vítima lembra que o apoio de terceiros poderia ter dado outro rumo à história dela. A mulher, de profissão contadora, hoje vive com sua família em cidade do litoral catarinense.

Sinal vermelho

A partir de experiências na França, na Espanha e na Índia, um grupo de trabalho criado pelo Conselho Nacional de Justiça idealizou uma campanha que tem por objetivo oferecer um canal silencioso de denúncia à vítima que, de seu domicílio, não consegue informar as autoridades sobre a violência sofrida. Em uma farmácia ou drogaria previamente cadastrada na campanha, basta mostrar a palma da mão ou um pedaço de papel, se for mais fácil, com um “X” vermelho que pode ser feito com batom ou qualquer outro tipo de material. O farmacêutico ou atendente treinado aciona a polícia. A escolha desse tipo de estabelecimento se deu porque permanecerá aberto mesmo em eventual caso rigoroso de confinamento (lockdown) e fechamento do comércio, por conta da pandemia.

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