Grevistas da Comcap terão descontos salariais, afirma Prefeitura de Florianópolis
Justiça decretou a ilegalidade da greve. O Sindicato informou que não foi notificado sobre a decisão
• Atualizado
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decretou a ilegalidade da greve dos servidores da Comcap, em Florianópolis, na tarde desta quarta-feira (22). Com a decisão do desembargador Sérgio Roberto Baasch Luz, a prefeitura informou que já vai aplicar descontos salariais em grevistas nesta quinta, 23 de setembro, quando o município fecha a folha dos funcionários.
Na decisão, o TJSC impede o sindicato de tumultuar espaços públicos e ameaçar ou constranger funcionários que querem trabalhar. O município também está iniciando processo de abandono de emprego em quem aderiu ao movimento ilegal. Na tarde desta terça, a Prefeitura solicitou que funcionários que querem retornar ao trabalho comuniquem a secretaria do meio ambiente até as 18h para não haver descontos.
O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem) informou que não foi notificado sobre a decisão até às 16h33min desta quarta.
Entenda:
Na manhã de terça-feira (21), a Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap) anunciou greve por tempo indeterminado. No início da tarde, funcionários da Companhia bloquearam o acesso à Estação de Transbordo da Comcap, no Bairro Itacorubi, em Florianópolis.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), a mobilização é contrária ao trabalho de uma empresa terceirizada que foi contratada para fazer a coleta de lixo em Florianópolis.
“A Comcap atua há 50 anos em Florianópolis e transformou nossa cidade em uma referência na limpeza urbana. Já a terceirizada provou em 15 dias que o serviço é pior. Não há coleta de porta a porta, a reciclagem não é feita corretamente. Também sobram denúncias de irregularidades trabalhistas e ambientais. O Sintrasem já flagrou garis de chinelo, caminhões despejando chorume na rua, transbordo de lixo em meio a casas.”, afirma o sindicato.
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