Golpistas planejavam sequestro e execução de Moraes, aponta PF
O plano foi encontrado no celular do general reformado Mário Fernandes
• Atualizado
A Polícia Federal (PF) revelou que, durante a investigação de um grupo de militares envolvidos em um golpe de Estado planejado para 2022, foi encontrado um plano para sequestrar, prender e até executar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. De acordo com o relatório da PF, esse plano, chamado “Punhal Verde e Amarelo”, tinha como alvo inicial o ministro, mas também incluía o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
O plano foi encontrado no celular do general reformado Mário Fernandes, que na época era secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência. Ele detalhava como seria feita a ação contra Moraes, incluindo o mapeamento dos lugares que o ministro frequentava em Brasília, como sua casa, trabalho e academia. O plano também falava sobre os agentes responsáveis pela segurança do ministro e as armas e veículos que seriam usados para realizar o sequestro ou homicídio.
O documento mencionava o uso de coletes à prova de balas, armas pesadas e até lança-granadas para a execução da operação. Além disso, os envolvidos no plano precisavam usar celulares com codinomes para evitar que a ação fosse descoberta. O plano ainda considerava outras formas de ataque, como explosivos e envenenamento em eventos públicos, e discutia os riscos da operação, incluindo as altas chances de morte.
O advogado de Mário Fernandes afirmou que ainda não teve acesso ao inquérito, mas considerou desnecessária a prisão cautelar do militar. A defesa pediu a transferência dele para Brasília.
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