‘Golpe dos Nudes’: criminosos do RS são presos após extorquir mais de 500 vítimas em 4 países
Operação 'A Firma' foi realizada na cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul
• Atualizado
Na manhã desta sexta-feira (06), a Polícia Civil prendeu 28 criminosos investigados por extorquir mais de 500 vítimas em 4 países. Conforme a PC, a organização criminosa atuava de dentro do Presídio Regional de Pelotas, no Rio Grande do Sul.
‘Golpe dos Nudes’: criminosos do RS são presos após extorquir mais de 500 vítimas em 4 países
A operação ‘A Firma’, prendeu até o momento 85 pessoas. Destas, 28 foram detidas nesta manhã (24 prisões em Pelotas e as outras quatro nas cidades de Jaguarão, Arroio Grande, São Lourenço e Rio Grande), enquanto 57 encontravam-se no sistema prisional. Foram apreendidos cartões de crédito, celulares, chip, HD externo, notebook e um veículo.
Ainda de acordo com a polícia, em Pelotas, Camaquã, Arroio Grande, São Lourenço do Sul, Santa Vitória do Palmar e Jaguarão foram cumpridas mais de 160 ordens judiciais, sendo 47 mandados de busca e apreensão. Também foram bloqueadas todas as contas bancárias dos investigados e imóveis dos mais de 100 investigados.
Segundo a PC, a operação tem o objetivo de executar ordens judiciais contra membros da organização, que atua em Pelotas. Os criminosos são especializados no crime conhecido como ‘golpe dos nudes’.
A investigação apurou que, em um período inferior a 40 dias, os investigados praticaram, aproximadamente, 700 extorsões vitimando mais de 500 pessoas no Brasil, Alemanha, Portugal e Jamaica. Os golpes proporcionaram o valor de R$ 701.363 aos suspeitos, entre contas nacionais e internacionais.
Além disso, foi descoberto um mercado interno de venda e aluguel de aparelhos telefônicos por parte do grupo. O comércio dos aparelhos acontecia no interior de uma casa prisional, sendo que cada aparelho era vendido por R$ 15 mil, enquanto o carregador e fone de ouvido eram comercializados por R$ 3 mil e R$ 1 mil, respectivamente.
Durante as investigações, foi averiguado que 20% das vendas eram destinadas para as contas da organização criminosa. O restante do lucro era dividido entre os presos, que participavam de cada extorsão.
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