Família desaparecida: corpos de cabeleireira e três filhos são liberados pelo IML

Com cinco pessoas ainda desaparecidas e inúmeras perguntas sem respostas, a polícia segue investigando o caso da família desaparecida no Distrito Federal. Nesta sexta-feira (20), as buscas se concentraram em uma chácara da família da cabeleireira Elizamar, em um lixão, perto do local, e na casa que serviu de cativeiro para as vítimas.

O SBT teve acesso exclusivo ao local e mostrou o buraco onde Marcos Antônio foi enterrado, após ser decapitado. Dentro da casa, roupas reviradas e sujeira. O cheiro forte, que permanece na casa, fez os policiais procurarem mais corpos.

“A gente voltou ao local, nos dois ambientes já conhecidos do cativeiro e na chácara fazer uma perícia complementar com luminol. O que significa? Saber se houve sangue ou alguma luta corporal, crime, naquela região, que vitimasse pessoas. E se esse topo de perícia verifica se o sangue foi lavado ou apagado”, explica o advogado Ricardo Viana.

No mesmo dia, os corpos de Elizamar da Silva e dos três filhos dela, de 6 e 7 anos, foram liberados pelo IML de Goiânia para a família fazer o velório. Os peritos que participaram da identificação dos corpos afirmam que a análise foi concluída graças aos elementos genéticos e da arcada dentária.

“Aprofundando a análise antropológica e por meio dos exames nos dentes, nós pudemos concluir que um era mais velho e outro mais novo, e mais com essa informação que foi repassada do DNA, associada às informações, só dessa forma foi possível identificar todos os indivíduos”, relata o perito criminal Fernando Picoli.

Dos dez desaparecidos, cinco já foram identificados. Além de Elizamar e os três filhos, outra vítima confirmada é Marcos Antônio Lopes, 54 anos, sogro da cabeleireira. A perícia ainda não concluiu de quem são os 2 corpos femininos carbonizados no segundo carro, encontrado em Unaí, Minas Gerais.

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A polícia procura pelos desaparecidos: Thiago Gabriel, marido de Elizamar; Cláudia Regina Marques de Oliveira, ex-esposa de Marcos Antônio; Ana Beatriz Marques, filha de Cláudia; Gabriela Belchior, irmã de Thiago e cunhada de Elizamar; e Renata Belchior, sogra de Elizamar. O caso mobiliza as polícias de Brasília, Goiás e Minas Gerais.

Depois que o corpo de Marcos Antônio foi encontrado no cativeiro, em Planaltina, perdeu força a versão de que os 3 presos até agora teriam sido contratados por ele para matar a família de Elizamar. Gideon, Horácio e Fabrício, suspeitos de terem executado e também articulado o crime, continuam presos preventivamente. A motivação do trio seria o interesse em um dinheiro que a família de Elizamar recebeu após a venda de imóveis.

Ainda nesta sexta-feira (20), a repórter do SBT em Brasília, Mônica Vieira, conversou, por telefone, com Núbia Belchior, irmã de Renata, que está desaparecida. Ela não acredita que o crime tenha sido cometido por Thiago e Marcos, e diz que Gideon, Horário e Fabrício teriam apontado os nomes para se livrarem das acusações.

“Eu espero que ache o corpo de Thiago, e que peguem aqueles 3 até falar porque eles fizeram isso, porque eu tenho certeza de que Marcos e Thiago não estão envolvidos nessa”, concluiu Núbia.

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