Ex-prefeito acusado de encomendar a morte de advogado irá a júri popular em SC
Advogado foi assassinado com um tiro na cabeça em 2018
• Atualizado
Um casal acusado de encomendar a morte de um advogado, em crime registrado na cidade de Guaraciaba, no extremo oeste do Estado irá a júri popular, em data a ser definida. Na tarde desta sexta-feira (21) 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina rejeitou o pedido do ex-prefeito e da ex-vereadora de Xaxim que buscavam derrubar a sentença de pronúncia em 1º Grau.
“É possível pronunciar o acusado ante suficientes indícios da autoria e materialidade do fato, relegando para o Conselho de Sentença, além do enfrentamento das teses de acusação e defesa, também o julgamento de eventuais crimes conexos ao, em tese, crime contra a vida.”, considerou o desembargador Luiz Antônio Zanini Fornerolli, relator do processo
No início deste mês, outra apelação julgada pela 4ª Câmara Criminal manteve a condenação dos quatro homens envolvidos no assassinato do advogado. O valor indenizatório estipulado ao filho e à esposa da vítima, no total de R$ 250 mil, foi confirmado por aquele órgão julgador. O crime teve relação com as atividades profissionais desenvolvidas pela vítima.
O crime
De acordo com a denúncia, no dia 13 de agosto de 2018, dois acusados saíram de carro de Chapecó para Guaraciaba. Um terceiro foi de motocicleta cuja placa era clonada e o número do motor adulterado. Nas proximidades do trevo de Guaraciaba, o executor embarcou na moto e os dois foram até o escritório da vítima. Sem retirar o capacete, o atirador anunciou um ‘assalto’ para as funcionárias do escritório e pediu para levá-lo ao “doutor”. Quando o advogado se abaixou atrás da mesa de trabalho, em menção de pegar o dinheiro, o acusado atirou em sua cabeça.
Sem levar nada, os acusados fugiram de motocicleta para abandoná-la no interior do município de Guaraciaba. Depois, voltaram de carro para Chapecó. O contratante pagou pelo crime R$ 7.500,00 em dinheiro, além de uma arma de fogo. O júri aconteceu no dia 3 de julho de 2019. Somadas as penas dos cinco envolvidos, o montante chega a 138 anos de prisão. A sessão de julgamento durou três dias. Devido a repercussão do caso, o júri foi realizado na Câmara de Vereadores.
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