Ex-companheiro suspeito de matar professora tem prisão preventiva decretada
Prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva na audiência de custódia, realizada no final da tarde desta sexta-feira (25).
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O Policial Militar suspeito de ter praticado feminicídio contra a ex-companheira na manhã de quinta-feira (24), em Florianópolis, teve a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva após manifestação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em audiência de custódia realizada no final da tarde desta sexta-feira (25).
Para o Promotor de Justiça André Otávio Vieira de Mello, titular da 36ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, a prisão preventiva tem como fundamento a ordem pública, conveniência da instrução criminal e garantia da aplicação da lei penal. Em função disso, se manifestou pelo deferimento do pedido feito pela Autoridade Policial e a Justiça atendeu ao pedido.
O crime foi praticado por volta das 7h30 de quinta-feira, após a vítima descer do ônibus para à creche na qual trabalhava como professora no bairro Tapera. Ela teria sido abordada e discutido com o ex-companheiro, que sacou a arma e a matou.
Vieira de Mello apresentou dados que demonstram a gravidade do problema no Brasil. “No mapa da violência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), número de mulheres assassinadas aumentou expressivamente no brasil. No ranking mundial do feminicídio segundo o Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos coloca o Brasil entre os cinco países, junto com El Salvador, Guatemala, Colômbia E Rússia, que estatisticamente apresentam maiores índices de feminicídio. O Cronometro da Violência Contra as Mulheres no Brasil do instituto Patrícia Galvão aponta que a cada duas horas uma mulher é assassinada. A cada dois minutos uma mulher é espancada”, finalizou
“Prisão Especial”
Segundo o Jurista, Rodolfo Macedo, pela condição de polícia, o suspeito fica no quartel da polícia: “Essa prisão especial é garantida por lei. Até que haja uma sentença irrecorrível, ele tem direito a ficar em um quartel ou em um lugar separado de qualquer outro tipo de preso”, disse.
Assista a explicação do Jurista
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