Esquema de tráfico de bebês é investigado no Rio de Janeiro
Um menino de 3 meses foi resgatado após ter sido entregue ilegalmente pela mãe
• Atualizado
A polícia do Rio de Janeiro investiga um possível esquema de tráfico de bebês no interior do estado. Nesta terça-feira (08), em Cabo Frio, um menino de 3 meses foi resgatado após ter sido entregue de forma ilegal pela mãe biológica.
A ação mobilizou a Polícia Civil, o Ministério Público estadual e o Conselho Tutelar de duas cidades da região dos Lagos. A criança foi encontrada com um casal, logo depois de ser entregue pela mãe. O bebê foi levado pelo Conselho Tutelar.
As investigações começaram depois do nascimento da criança, na cidade de Casimiro de Abreu. A jovem que deu à luz, Lorena Fagundes Pereira, de 21 anos, vinha sendo acompanhada por assistentes sociais após pedir ajuda, dizendo que a gravidez era resultado de violência sexual. Depois, mudou a versão, e alegou que o filho era do namorado.
Depois do parto, Lorena voltou para casa sem a criança, e contou para a família que o bebê havia morrido. O Conselho Tutelar foi acionado e descobriu que o atestado de óbito era falso. Lorena também mentiu quando deu entrada na maternidade.
“[A mãe do bebê] se passou por outra pessoa. A mãe biológica se internou com o nome de terceiros. Então, ela falsificou uma documentação, deu uma identidade falsa, e também preencheu formulários com dados falsos. Isso tudo é crime”, afirma o delegado responsável pelo caso, Roberto Ramos.
A identidade era da mulher para quem Lorena entregou o filho, Michele Assis Pereira. Em depoimento à polícia, ela e o marido negaram ter pago pela criança – versão confirmada pela mãe biológica.
As investigações continuam. A principal questão que a polícia tenta esclarecer agora é se o casal agiu por conta própria, com o objetivo de ficar com a criança, ou se estava a serviço de uma quadrilha de tráfico de bebês.
O menino deverá permanecer em um abrigo até o fim das investigações. “E, provavelmente, ao final do processo, é o que esperamos, ser entregue a um casal habilitado, dentro da legalidade, para viver em uma família feliz e plena”, acrescenta a promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro, Tatiana Kaziris.
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