BR-282, SC passa por aqui Compartilhar
Vítima

Entrevistado do SCC SBT sobre a insegurança na BR-282 morre em acidente na rodovia

O morador de Alfredo Wagner, que trabalhava como caminhoneiro há 12 anos

• Atualizado

Mariana Pedrozo

Por Mariana Pedrozo

Valçonir Niberto Schutz. Foto: Reprodução SCC SBT
Valçonir Niberto Schutz. Foto: Reprodução SCC SBT

Um grave acidente na noite de quarta-feira (20), na BR-282, em Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis, vitimou Valçonir Niberto Schutz, de 33 anos. Valçonir foi entrevistado pelo SCC SBT, na reportagem especial sobre a BR-282, que mostrou a importância da rodovia para a economia e o desenvolvimento do Estado, mas, principalmente, a falta de segurança para quem trafega pela estrada, carente de duplicação e terceiras faixas.

Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o morador de Alfredo Wagner, que trabalhava como caminhoneiro há 12 anos, conduzia uma Honda CG/150, quando colidiu de frente com uma caminhonete Ford/Ranger. Ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito ainda no local da colisão, na BR-282.

Segundo informações de familiares, Valçonir estava retornando da casa de um amigo quando houve o acidente. Ele deixa esposa e um filho de 1 ano e 3 meses. O enterro ocorreu na manhã desta sexta-feira (22), em Alfredo Wagner.

Ainda conforme moradores da localidade, somente neste mês de setembro foram três acidentes graves no mesmo local da rodovia.

Confira trecho da entrevista sobre a BR-282 feita com o Valçonir:

BR-282: a segunda estrada com maior número de mortes em Santa Catarina 

As notícias e relatos sobre acidentes ao longo da rodovia são frequentes. Para se ter uma ideia, de 2017 a 2022 foram registradas na BR-282 pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) 572 colisões com morte, 9.428 feridos e um total de 8.451 acidentes. Número alarmante que torna a rodovia a segunda com o maior número de mortes e a terceira com mais acidentes em Santa Catarina. 

Segundo o Chefe de Comunicação da PRF, Adriano Fiamoncini, um dos principais fatores para o grande número de acidentes na BR-282 é a imprudência, como o excesso de velocidade, a embriaguez, mas, principalmente, a ultrapassagem em local proibido. 

Além do número de acidentes, responsáveis por empresas que utilizam a rodovia para entrega de mercadorias reclamam da insegurança e do aumento no número de manutenções nos veículos devido às más condições da rodovia.

Licitação para o principal funil da BR-282, entre Lages e Florianópolis, prevê apenas 15km de terceiras faixas

No último dia 12 de setembro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) publicou no Diário Oficial da União dois avisos de licitação para contratação de projetos para obras estruturantes na BR-282, em Santa Catarina.

O primeiro se trata da duplicação da rodovia no trecho entre o Km 640 (no entroncamento com a BR-163), em São Miguel do Oeste, até o Km 223 (no entroncamento com a BR-116), em Lages. A extensão é de pouco mais de 415 km. Nesse trecho, além da duplicação, serão realizados serviços de adequação de capacidade e eliminação de pontos críticos, como viadutos, contornos e trevos.

Por que a duplicação da BR-282 privilegia o trecho de Lages a São Miguel do Oeste? A resposta para a pergunta está na complexidade que envolve a geografia acidentada da Serra Geral. E é justamente este trecho, de Lages até Florianópolis, o principal funil da BR-282, que será contemplado no segundo edital.

O documento prevê a execução de 12 terceiras faixas, sendo oito no sentido interior do Estado e quatro no sentido Litoral. Segundo informações do DNIT, a extensão total destas terceiras faixas é de cerca de 15 km, sendo 8 quilômetros no sentido Oeste e 6,7, no sentido contrário.

O Departamento de Infraestrutura informou que a decisão de contemplar mais a subida da serra será para facilitar a ultrapassagem de veículos pesados nos trechos de aclive. Ainda, explicou que as obras avançarão inicialmente onde já existem plataformas para a construção das novas vias.

O edital projeta a construção de terceiras faixas entre o Km 30 e o Km 87, abrangendo os municípios de Águas Mornas, Rancho Queimado e Alfredo Wagner. Esses traçados, segundo o DNIT, podem mudar ao longo do processo. Ainda de acordo com o órgão, a execução desses 15 km são uma resposta rápida às necessidades do fluxo de veículos, porém, novas ações para ampliar a capacidade da rodovia seguirão sendo planejadas.

abertura das propostas está marcada para o dia 3 de outubro. O DNIT estima entre um ano e meio e dois anos para finalizar projetos deste tamanho.

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