Defesa de mulher suspeita de matar marido e esconder corpo em freezer pede exumação do cadáver
Assassinato aconteceu no dia 14 de novembro
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Nesta semana, os advogados de Claudia Fernandes Tavares Hoeckler, suspeita de matar o marido Valdemir Hoeckler e esconder o corpo da vítima em um freezer dentro da casa do casal, solicitaram à Justiça que seja realizada a exumação do corpo da vítima. O pedido foi solicitado mais de três meses após o assassinato de Valdemir, ocorrido no dia 14 de novembro de 2022, em Lacerdópolis.
Ao portal SCC10, o advogado de Claudia, Marco Alencar Júnior, afirmou que o pedido de exumação busca esclarecer a causa da morte de Valdemir, uma vez que, segundo o advogado, até o momento não foi possível identificar a causa da morte.
“O perito que fez a necropsia não conseguiu enxergar nenhum elemento que levasse a conclusão de asfixia. Além disso, o exame toxicológico do sangue apontou o uso de um único medicamento, mas em quantidade tão ínfima que não seria capaz de matar”, diz o advogado sobre o pedido.
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Mulher havia confessado o crime
Uma semana após cometer o crime e antes de se entregar para a polícia, a acusada concedeu uma entrevista ao jornalista Beto Ribeiro onde narrou como cometeu o assassinato. Na época, Claudia confessou ter dado remédio para o marido dormir e cerca de uma hora depois ter asfixiado Valdemir até a morte. “Eu pensava que não dava mais para aguentar aquela vida. Na hora eu peguei a sacola e coloquei na cabeça dele, eu não tinha coragem de outro jeito”, disse à época.
De acordo com a denúncia, apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) em fevereiro de 2023, a mulher teria dopado o marido com medicamentos para que ele dormisse e o amarrado pelos pés, pernas e braços. Após isso, colocou uma sacola plástica na cabeça da vítima e apertou com pedaços de borracha para impedir a passagem do ar.
Morte por “causa reflexa”
Para a defesa, a morte pode ter sido por uma “causa reflexa”. “Depois de tomar o remédio para dormir ele pode ter tido qualquer tipo de síndrome ou até mesmo uma crise alérgica, vindo a morrer antes inclusive da asfixia. Por isso o pedido de exumação. Não é pra tumultuar o processo e sim pra esclarecer a causa morte. O estado até agora não trouxe esse esclarecimento”, aponta o advogado.
Claudia foi indiciada pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação da cadáver e falsidade ideológica – por ter registrado um boletim de ocorrência falso. A mulher segue presa preventivamente no Presídio Regional Feminino de Chapecó.
Motivação do crime
Antes de ser presa, Claudia afirmou que era agredida fisicamente, moralmente e sexualmente pelo marido. A violência teriam iniciado após ela, anos atrás, pedir para terminar o relacionamento. Entretanto, Claudia afirmou que foi agredida constantemente ao longo dos anos e que teria tentado fugir três vezes, mas após conversas, acreditou que a relação mudaria.
“No decorrer dos dezessete anos, Cláudia e Gabriela (filha do casal) sofriam constantemente violência psicológica e financeira. Com relação a Cláudia, ela também sofria violência sexual, tendo que, as vezes, manter relações sexuais com o marido à força e com violências físicas”, finaliza o advogado da acusada.
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